O Ibovespa terminou o dia em alta de 0,65% aos 111.330 pontos, deixando para trás a volatilidade que marcou o início da sessão e firmando-se em território positivo após sinalizações de que a PEC Emergencial será apreciada pela Câmara dos Deputados sem flexibilização fiscal.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que a ideia do relator da PEC Emergencial, deputado Daniel Freitas (PSL-SC), é manter com pouca ou nenhuma alteração o texto da proposta que veio do Senado. Entre as preocupações do mercado está a pressão para excluir os servidores que atuam na segurança pública do congelamento de salários previsto no texto.
A PEC deve ser votada em os dois turnos votados amanhã (10) e abre caminho para a concessão do auxílio emergencial com o limite de R$ 44 bilhões fora das regras fiscais em 2021. A proposta também traz gatilhos fiscais a serem acionados quando a despesa obrigatória ultrapassar 95% da despesa primária total ou em caso de calamidade pública.
A tramitação da PEC Emergencial retirou o foco da decisão proferida ontem pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, de anular todas as condenações impostas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela 13ª Vara Federal de Curitiba no âmbito da operação Lava Jato.
Apesar do menor peso na sessão, a reviravolta colabora para o ambiente de incertezas e riscos políticos no país. Na análise de Victor Scalet, estrategista macro e analista político na XP, a “avaliação de agora é que devemos ter um Lula não tão forte quanto no passado… O problema não parece nem o Lula, mas, sim, trazer a discussão eleitoral para agora, o que pode contaminar a pauta no Congresso”, afirmou.
O dólar à vista se afastou das máximas de quase R$ 5,88 observadas no dia e fechou em leve alta contra o real nesta terça, ganhando 0,23% a R$ 5,79 na venda, refletindo o alívio do mercado com a votação da PEC Emergencial sem alterações substanciais.
Já em Wall Street o dia foi positivo, em especial para as ações de tecnologia: o Nasdaq Composite avançou 3,69% na sessão aos 13.073 pontos, em rota de recuperação em dia de estabilidade nos rendimentos dos treasuries.
As taxas dos títulos de dez anos caíam 5,2 pontos-base na tarde de hoje, a 1,5420%, depois de baterem 1,613% ontem, perto das máximas em treze meses.
Para Kristina Hooper, estrategista-chefe de mercado global da Invesco, em Nova York, “o mercado está se ajustando ao novo nível das taxas de juros.”
Amanhã a Câmara dos Deputados dos Estados Unidos vai votar o projeto de lei de alívio em resposta à Covid-19 de US$ 1,9 trilhão do governo Joe Biden, com a aprovação esperada da Casa permitindo que o presidente democrata sancione a legislação ainda esta semana.
A aprovação do pacote, uma das maiores medidas antipobreza dos EUA desde os anos 1960, daria a Biden uma importante vitória legislativa em menos de dois meses desde o início de sua presidência. (Com Reuters)
DESTAQUES DO IBOVESPA
Maiores Altas
BEEF3: +6,14% a R$ 10,20
BRFS3: +5,98% a R$ 24,65
SUZB3: +5,06% a R$ 78,75
BRKM5: +4,27% a R$ 31,49
TOTS3: +4,05% a R$ 29,52
Maiores Baixas
LAME4: -5,70% a R$ 21,00
BTOW3: -5,25% a R$ 63,14
VVAR3: -4,85% a R$ 10,98
HGTX3: -4,06% a R$ 14,40
EZTC3: -3,93% a R$ 28,87
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