Fed mantém estímulo mesmo reconhecendo recuperação "fortalecida"

28 de abril de 2021
Chris Wattie/Reuters

O Fed repetiu nesta quarta-feira a orientação que tem usado desde dezembro

O Fed (Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos) manteve os juros e seu programa mensal de compra de títulos inalterados hoje (28), reconhecendo a força crescente da economia dos EUA, mas sem dar qualquer sinal de que está pronto para começar a reduzir seu suporte à recuperação.

“Em meio ao progresso com as vacinações e ao forte suporte de política monetária, os indicadores de atividade econômica e o emprego se fortaleceram”, disse o banco central norte-americano em seu comunicado de política monetária ao final de uma reunião de dois dias. O placar da decisão foi unânime.

LEIA MAIS: Tudo sobre finanças e o mercado de ações

No entanto, “a trajetória da economia dependerá de forma significativa do curso do vírus, incluindo avanços nas vacinações“, acrescentou o Fed. “A crise de saúde pública em curso continua a pesar sobre a economia, e riscos para as perspectivas econômicas permanecem.”

A linguagem sobre o vírus reflete uma visão ligeiramente menos negativa do que a descrita pelo Fed em março, quando o BC disse que a crise sanitária “apresenta consideráveis riscos às perspectivas econômicas.”

Apesar da melhora da economia, o Fed repetiu nesta quarta-feira a orientação que tem usado desde dezembro, com uma lista de condições que precisam ser cumpridas antes que se considere a retirada do apoio emergencial adotado em 2020 para conter as consequências econômicas da pandemia de coronavírus.

Isso inclui “progresso substancial adicional” na direção de suas metas de inflação e emprego antes de reduzir as compras mensais de títulos.

O chair do Fed, Jerome Powell, participará de coletiva de imprensa às 15h30 (horário de Brasília) para complementar as decisões trazidas pelo comunicado e as opiniões do banco central sobre as perspectivas econômicas otimistas.

O crescimento do emprego nos EUA tem acelerado, e o Fed espera que a inflação suba para sua meta de 2% ao longo do tempo, permitindo que reduza os US$ 120 bilhões em compras mensais de títulos e eleve sua taxa de juros em relação ao nível atual próximo a zero.

VEJA TAMBÉM: Otimismo econômico global está em níveis recordes e “boom” deve continuar, prevê BofA

Mas mesmo essa primeira etapa de redução das compras de títulos provavelmente ocorrerá daqui a meses, e o Fed não deu nenhuma indicação no comunicado desta quarta-feira de que há pressa.

A economia norte-americana continua com mais de 8 milhões de empregos a menos do que no período anterior à pandemia, que forçou indústrias a fechar suas portas num esforço para controlar a propagação do coronavírus.

A expansão do programa de vacinação contra a Covid-19 nos EUA contribuiu para as expectativas de rápido crescimento econômico neste ano, embora o Fed tenha reconhecido que as perspectivas para a economia dependem do progresso contínuo no gerenciamento da pandemia. (Com Reuters)

Siga FORBES Brasil nas redes sociais:

Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn

Siga Forbes Money no Telegram e tenha acesso a notícias do mercado financeiro em primeira mão

Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.

Tenha também a Forbes no Google Notícias.