O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 0,93% em março depois de subir 0,86% em fevereiro, chegando ao nível mais elevado para um mês de março desde 2015 (+1,32%), representando no geral a taxa mais alta desde dezembro (+1,35%).
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O resultado de março levou a alta do IPCA a superar o teto da meta do governo no acumulado em 12 meses ao chegar a 6,10%, de 5,20% em fevereiro. O objetivo oficial para a inflação este ano é de 3,75% com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
A expectativa para o resultado em 12 meses do IPCA até março era de uma alta de 6,20%.
“Em 12 meses a taxa tende a subir, porque vamos deixar para trás taxas negativas de março a maio”, afirmou o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov. “A inflação de agosto para cá sem dúvida está num patamar mais alto que era habitualmente e historicamente.”
No geral, os preços dos combustíveis subiram 11,23% em relação a fevereiro, enquanto o gás de botijão teve alta no mês de 4,98%.
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“Foram aplicados sucessivos reajustes nos preços da gasolina e do óleo diesel nas refinarias entre fevereiro e março, e isso acabou impactando os preços de venda para o consumidor final nas bombas”, disse Kislanov.
Em março, a gasolina subiu nos postos 11,26% e exerceu o maior impacto no IPCA do mês, enquanto o etanol teve alta de 12,59% e o óleo diesel avançou 9,05%.
Com isso, os preços dos Transportes tiveram a maior variação entre os grupos, acelerando a alta a 3,81% ante 2,28% em fevereiro.
Já o aumento do gás de botijão pressionou o grupo Habitação a acelerar a alta a 0,81% em março, de 0,40% no mês anterior. Além disso, a energia elétrica deixou para trás a queda de 0,71% de fevereiro e avançou 0,76% em março, pesando também sobre o resultado do grupo.
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A alimentação no domicílio registrou queda de 0,17%, com recuo nos preços do tomate (-14,12%), da batata-inglesa (-8,81%), do arroz (-2,13%) e do leite longa vida (-2,27%).
Já a inflação de serviços, setor que mais sofre com as medidas de distanciamento por causa da pandemia de Covid-19, enfraqueceu a 0,12% em março, de 0,55% em fevereiro.
Segundo a autarquia, a decisão levou em conta os riscos fiscais de curto prazo em meio ao recrudescimento da pandemia no país e preocupações com a queda das expectativas para a inflação.
A pesquisa Focus realizada pelo BC junto a especialistas toda semana mostra que as expectativas para a alta do IPCA vêm subindo, sendo calculada no levantamento mais recente em 4,81% para 2021. (Com Reuters)
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