Perda relâmpago elimina US$ 300 bilhões em menos de 24 horas no mercado cripto

18 de abril de 2021
Reprodução/Forbes

O preço do bitcoin despencou cerca de 12% desde que a taxa de hash começou a cair, mas ainda está subindo 750% este ano

Após uma alta nos preços que deu início à tão esperada entrada da Coinbase no mercado no início da semana, o mercado de criptomoedas despencou no início do dia de hoje (18) depois que apagões na China levaram a quedas sólidas nas taxas de mineração do bitcoin – afundando os preços e estimulando bilhões de dólares em liquidações.

Uma perda durante a noite de ontem (17) afundou a capitalização total do mercado de criptomoedas em todo o mundo em cerca de US$ 310 bilhões em menos de 24 horas, encolhendo o mercado de mais de US$ 2,2 trilhões para menos de US$ 1,9 trilhão por volta das 8h, segundo o site de dados de criptomoedas CoinMarketCap.

LEIA MAIS: Se o bitcoin quebrar, todo o mercado cai com ele

A partir das 9h45, o mercado voltou a subir para cerca de US$ 1,95 trilhão, mas o preço do bitcoin – flutuando em cerca de US$ 54,750 – ainda caiu cerca de 10,5% nas últimas 24 horas.

As liquidações de criptomoedas durante a flash crash totalizaram mais de US$ 10 bilhões, segundo a plataforma de negociação de moedas digitais Bybt data, alcançando seus níveis mais altos este ano, com o preço do bitcoin caindo mais de US$ 10 mil abaixo de sua última alta de quase US$ 65 mil na quarta-feira (14).

Os analistas atribuíram as perdas repentinas a um declínio acentuado de quase 50% na taxa de hash do bitcoin, que mede o poder de processamento total usado para minerar a criptomoeda e processar suas transações, como resultado dos apagões na região de Xinjiang, na China, que abriga uma das maiores redes de mineração de bitcoins do mundo.

Causados ​​por uma explosão de uma mina de carvão em Xinjiang em 10 de abril, os apagões levaram dias para reduzir a taxa de hash do bitcoin, que despencou de uma alta de 215 exahash por segundo na quarta-feira para cerca de 120 exahash por segundo na manhã de hoje.

O preço do bitcoin despencou cerca de 12% desde que a taxa de hash começou a cair, mas ainda está subindo 750% este ano.

“O preço e a taxa de hash sempre estiveram correlacionados”, disse hoje o pesquisador de criptomoedas e ex-colaborador da Forbes, Willy Woo, em uma série de tuítes, fazendo referência a uma perda relâmpago semelhante ocorrida em novembro de 2017, e notando que, uma vez que a taxa de hash começou a normalizar, o preço do bitcoin também começou a se recuperar.

Embora o aumento da ação institucional e as preocupações com a inflação tenham elevado o mercado de criptomoedas a novas altas meteóricas no ano passado, a volatilidade inflexível do bitcoin gerou preocupações em Wall Street de que o token seria um depósito não confiável de riqueza. Esse sentimento, no entanto, pode estar mudando. O presidente do Federal Reserve de Dallas (Texas), Robert Kaplan, disse na sexta-feira (16) que, apesar da volatilidade do bitcoin, o token provou ser uma reserva de valor. “O desafio com o bitcoin é o quão amplamente ele será adotado – agora, está claro que é uma reserva de valor”, disse Kaplan. “Obviamente, o valor muda muito, de modo que pode evitar que se espalhe muito como um meio de troca e ampla adoção, mas isso pode mudar e vai evoluir”, completou.

Siga FORBES Brasil nas redes sociais:

Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn

Siga Forbes Money no Telegram e tenha acesso a notícias do mercado financeiro em primeira mão

Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.

Tenha também a Forbes no Google Notícias.