O delivery, que já está em fase inicial de testes em Belo Horizonte, região onde está localizada a sede do Inter, foi fruto de uma negociação com a Delivery Center, empresa que relaciona consumidores e restaurantes. Segundo a CFO do Inter, Helena Caldeira, “as entregas de comida podem ajudar no aumento da presença do banco na vida dos correntistas”. Outra novidade é que os clientes terão 5% de cashback ao realizar pedidos.
Já a Intercel, apesar de ter sido anunciado em maio de 2020, será relançado entre o segundo e o terceiro trimestre deste ano, tendo agora uma parceria com a Vivo dando ao usuário a possibilidade de acessar o aplicativo do banco sem utilizar seu pacote de dados, assim como funciona em alguns pacotes que dão acessibilidade ao Instagram ou o Whatsapp de forma gratuita.
Em 2019, o Inter também lançou o “Inter Shop”, um sistema de e-commerce interligado a grandes marcas, como Casas Bahia, oferecendo um cashback de 6%, e Ponto Frio, com 10%. Em 2020, o banco também anunciou o “InterDay”, um dia em que os usuários puderam aproveitar os produtos com maiores descontos e ofertas. No ano passado, devido à pandemia, a plataforma cresceu 1500% em volume total de vendas.
“Nós pretendemos oferecer tudo o que o consumidor precisa… Queremos estar ao lado do cliente do momento que ele acorda até a hora que dorme”, declarou a CFO. Por isso, a instituição também adquiriu o controle da empresa Meu Acerto, em dezembro, com o objetivo de acelerar a evolução do modelo winback, que consiste nos pilares de reativação, retenção e cobrança dos clientes, e da BMG Gratino, em março, para ampliar a possibilidade de pagamentos, desenvolvendo produtos personalizados.
Todos os benefícios buscam atrair novos clientes e melhorar a dinâmica dos usuários que o Banco Inter já possui. A instituição, que surfou na pandemia atraindo novos clientes, pretende chegar a 15 milhões de correntistas até o final de 2021. Segundo a UBS Evidence Lab, pela primeira vez, em 2020, a parcela de downloads de aplicativos de fintechs ultrapassou os bancos tradicionais, ficando em 52% contra 48% dos bancões.
A abertura de capital e o futuro Inter
O Banco Central aponta o surgimento de 32 fintechs em 2020 – 60% da quantidade total em operação hoje – e o Inter é um dos pioneiros entre os novos players do mercado financeiro nacional. A instituição foi a primeira fintech a estrear na Bolsa brasileira, a B3, com seu IPO (Oferta Pública de Ações, em tradução livre da sigla em inglês) em abril de 2018, levantando o montante de R$ 721,9 milhões. Além de outros dois follow-ons em 2019 e 2020, com a possibilidade de uma nova oferta primária ainda em 2021.
No ecossistema de produtos do Banco Inter, outra novidade foi a plataforma de investimentos dentro do aplicativo da companhia, em que o consumidor tem a possibilidade de comprar e vender ações, aplicar em fundos e alocar capital em produtos de renda fixa. “Nós também disponibilizamos cashback para investimentos, em que o cliente tem o rebate da taxa de administração”, explicou Helena. A CFO comentou que em abril, será disponibilizado também o cashback para ofertas públicas de ações.
A CFO também comentou que a empresa está analisando uma reestruturação societária com o objetivo de criar uma holding, “queremos levar todos os acionistas para uma nova companhia listada e que todos consigam ter os mesmos benefícios e direitos econômicos que hoje têm investindo através do Banco Inter, que não será mais um banco”. A reestruturação, segundo a executiva, ainda não tem nada definida para o lançamento.
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