A declaração foi feita na conferência anual Consensus, da CoinDesk. Dalio, de 71 anos, revelou seu investimento em bitcoins pela primeira vez enquanto discutia as preocupações inflacionárias que alimentam uma recuperação da criptomoeda e sacodem o mercado de ações.
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A entrevista de Dalio foi ao ar apenas nesta semana, quando o preço do bitcoin pairava próximo de US$ 37 mil – subindo 11% em 24 horas, mas ainda 40% abaixo de seu pico mais recente.
A mudança no posicionamento de Dalio ocorre depois de questionar o ressurgimento maciço das criptomoedas em novembro no Twitter: “posso estar perdendo algo sobre o bitcoin, então adoraria ser corrigido”, publicou.
“Ao contrário do ouro, que é o terceiro maior ativo de reserva que os bancos centrais possuem, não consigo imaginar bancos centrais, grandes investidores institucionais, empresas ou empresas multinacionais usando [bitcoin]”, Dalio tuitou na época – poucos meses antes do Goldman Sachs, Morgan Stanley e Tesla começarem a se envolver com a cripto.
Durante a pandemia, muitos investidores – de operadores domésticos a gigantes institucionais – adotaram as criptomoedas como uma proteção legítima contra as preocupações com a inflação de longo prazo, que vieram à tona devido aos pacotes de estímulo. “Essas medidas de emergência, como a agenda maciça de impressão de dinheiro, reduzem o valor de moedas tradicionais, como o dólar”, disse Nigel Green, CEO da consultoria de fortunas deVere Group, em nota recente, ecoando os comentários de Dalio. A volatilidade do bitcoin segue intensa, como evidenciado pela queda dos preços deste mês e até mesmo pela recuperação observada nesta semana.
As recentes medidas de repressão e controle anunciadas pela China já começam a restringir a atividade de mineração no país asiático. Nos Estados Unidos, a secretária do Tesouro, Janet Yellen, alertou na semana passada que o plano fiscal do presidente Joe Biden deve incluir novos requisitos para as criptomoedas. As preocupações regulatórias já abalaram o mercado de criptomoedas antes. O valor de mercado combinado das criptomoedas caiu mais de 80% meses depois que alguns países, como a Coréia do Sul, começaram a reprimir as ofertas iniciais de moedas (ICOs).
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