“De hoje até o final do verão, qualquer atividade de mineração de criptomoedas, mesmo por quem possua licença, é ilegal para que não haja problemas no fornecimento de eletricidade para a população”, disse Rouhani em uma reunião de gabinete semanal em 26 de maio.
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O Ministério das Indústrias tem emitido licenças para mineração de criptomoedas por vários anos, somando 50 até o momento. Esses operadores legalizados consomem cerca de 209 megawatts de energia, mas o comércio ilegal é muito maior. Os operadores sem licença têm usado cerca de 2 gigawatts de eletricidade altamente subsidiada, de acordo com o jornal local Financial Tribune.
A Tavanir (Companhia Iraniana de Geração, Distribuição e Transmissão de Energia) avisou aos operadores que poderão ter seus equipamentos apreendidos se permanecerem com a atividade, afirmando que “o não cumprimento [da proibição] se traduzirá em confisco de seus equipamentos de mineração e corte de energia”.
A empresa iraniana também tem tentado persuadir mais operadores não licenciados a se registrar oficialmente. “Os mineradores ilegais que solicitarem uma licença do Ministério das Indústrias nos próximos quatro meses terão direito a descontos tarifários”, disse o documento.
O Irã é o sexto maior mercado de mineração de bitcoins do mundo, segundo dados compilados pela Judge Business School da Universidade de Cambridge, com 3,4% do total global. A China é de longe o mercado líder, com 69% do total.
A mineração de bitcoins consome grandes quantidades de eletricidade em todas as localidades em que ocorre. De acordo com estimativas, a mineração da criptomoeda atualmente demanda 122,6 terawatts-hora por ano, o equivalente a todo o consumo anual de eletricidade de países como Holanda ou Paquistão. Cada bitcoin é responsável pela mesma quantidade de energia consumida por uma casa nos Estados Unidos durante 48 dias.
Em 2019, um porta-voz do Ministério da Energia disse que a rede elétrica do país se tornou instável como resultado do crescimento na mineração de criptomoedas. Desde então, o setor não para de crescer, pressionando ainda mais a rede do país. Somente no ano passado, o pico de demanda por eletricidade cresceu 20%.
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