O Ibovespa encerrou em queda de 0,11% aos 121.909 pontos o pregão desta segunda-feira (10), zerando ganhos depois abrir a sessão em alta, pressionado pelo exterior misto e pela correção nos preços do minério de ferro após disparada de 10% na madrugada. Durante o pregão, o índice brasileiro bateu a máxima de 122.772,37 pontos, embalado, principalmente, pela alta dos papéis da Vale (VALE3), que renovaram recorde intradia na esteira do salto nos futuros do minério.
Ainda nas commodities, os preços do petróleo encerraram o dia em alta e impulsionaram as ações da Petrobras (PETR4) para ganho de 1,4%, após um ataque cibernético à maior rede de gasodutos dos Estados Unidos na noite da última sexta-feira (7) paralisar parte das operações. A expectativa é de retorno no fornecimento para a costa leste dos Estados Unidos até o fim da semana. O petróleo Brent com vencimento em julho subiu 0,05% no dia, para US$ 68,32 o barril, já o contrato futuro do WIT para junho teve alta de 0,03% a US$ 64,92.
A temporada de balanços corporativos no Brasil, que ditou o ritmo do Ibovespa na última semana, também vem carregada nos próximos dias. Apenas amanhã, a pauta inclui Klabin, BR Distribuidora, BTG Pactual, Marfrig, entre outros. Também para esta terça-feira, o mercado aguarda a divulgação da ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) e os dados do IPCA (Índice de Preços do Consumidor Amplo) de abril.
Para o sócio e economista da VLG Investimentos, Leonardo Milane, os resultados têm surpreendido positivamente, com exportadoras de commodities confirmando o bom momento e algumas empresas voltadas a setores domésticos apresentando dados melhores do que o esperado.
“Podemos dizer que estamos tendo uma grata surpresa positiva em relação à dinâmica da economia doméstica”, afirmou.
O dólar terminou a segunda-feira em ligeira alta contra o real, ganhando 0,03% e negociado a R$ 5,22 na venda, patamar ainda em torno de mínimas em quatro meses, com operadores mantendo posições num dia sem grandes catalisadores para o mercado.
O noticiário de Brasília também segue na mira dos agentes financeiros, sobretudo o relacionado à agenda de reformas. A tramitação e o formato da reforma tributária devem ser definidos nesta semana, disse hoje o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).
Após o acordo do Orçamento fechado em abril, o mercado voltou a apostar fichas na aprovação de medidas estruturantes neste ano, vendo maior coesão entre governo e líderes do Congresso (o que ajudou na queda do dólar desde o mês passado), a despeito da CPI da Covid em curso no Senado.
Fábio Coelho, gestor de fundos líquidos da Arazul Capital, ainda vê o dólar com espaço para cair nos próximos meses, mesmo após a desvalorização de 8,6% desde a máxima de abril.
Em Wall Street, o índice Nasdaq, referência para as ações de tecnologia, fechou em queda de 2,5% na sessão aos 13.401 pontos, com temores relacionados à inflação levando investidores a ampliar o movimento de rotação setorial para papéis que podem se beneficiar da reabertura econômica norte-americana.
O movimento atingiu ainda o S&P 500, que terminou em baixa de 1,04% aos 4.188 pontos. As ações dos segmentos de indústria e saúde limitaram a queda do Dow Jones, mas o índice reverteu a trajetória ao fim da sessão para interromper uma sequência de três dias de máximas recordes de fechamento, encerrando com recuo de 0,10% aos 34.742 pontos.
O mercado norte-americano digeriu ainda hoje o Payroll da última sexta-feira, revelando a criação de postos de trabalho nos Estados Unidos muito abaixo das expectativas do mercado em abril, contexto que retira pressão do Federal Reserve por uma mudança em sua política monetária expansionista. (Com Reuters)
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