O que esperar após a queda de 50% no preço do bitcoin

23 de maio de 2021
Reprodução/Forbes

O preço da criptomoeda caiu para pouco menos de US$ 30.000 esta semana

Na última semana, os investidores foram abalados por uma queda de preços que varreu mais de 50% do recorde histórico do bitcoin.

O preço da criptomoeda, depois de alcançar US$ 65.000 por unidade em abril, caiu para pouco menos de US$ 30.000, antes de se recuperar ligeiramente. A queda ocorreu depois que o bilionário da Tesla, Elon Musk, expressou dúvidas sobre o ativo.

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Agora, com o mercado despencando para níveis nunca vistos desde a queda induzida pelo coronavírus em março de 2020, que levou o preço da criptomoeda para cerca de US$ 4.000, os compradores e investidores tentam permanecer otimistas de que uma recuperação esteja próxima.

Esta semana, o “crypto fear and greed index”, índice que mede o medo e a expectativa de lucro em relação ao bitcoin – onde 0 significa medo extremo, enquanto 100 representa expectativa extrema – caiu para 11, muito abaixo do resultado no início do ano, que marcava 90 pontos.

O índice, calculado pela empresa alemã de comparação de software Alternative, tem como base observações sobre a volatilidade do mercado, o sentimento e as tendências da mídia social, e o domínio do bitcoin sobre o mercado. Atualmente, seus resultados sugerem que “os investidores estão muito preocupados”, o que “poderia ser uma boa oportunidade de compra”.

Isso porque, apesar da queda do preço e do medo que está dominando o mercado, muitos na comunidade do bitcoin e da criptografia acham que essa correção é um reequilíbrio “saudável”, necessário para que o mercado suba no longo prazo.

“As grandes quedas nas avaliações vistas esta semana são, por um lado, saudáveis, pois permitem ao mercado compensar o excesso de posições especulativas e se consolidar antes de sua próxima fase de expansão”, disse Anatoly Crachilov, executivo-chefe de gerência de investimentos Nickel Digital, apontando para o “ganho de 122% do bitcoin desde o início do ano até abril”.

“Vimos esse padrão, repetidamente, em vários momentos e esperamos que continue até que o mercado amadureça e obtenha um envolvimento maior do capital institucional”, completa. A recuperação do preço do bitcoin nos últimos meses foi parcialmente impulsionada pelo esperado surgimento de investidores institucionais, o que deixa os compradores do setor otimistas, já que a última queda não diminuiu o interesse de Wall Street pela criptomoeda.

“Vemos a atual volatilidade e especulação dos preços como uma correção de curto prazo em um mercado em expansão”, disse Varit Bulakul, presidente do banco de investimentos e ativos digitais Brooker Group.

“Esta queda acentuada, provocada pela queda livre do bitcoin, destaca a necessidade crítica de diversidade de ativos e um portfólio de investimentos de sucesso. As empresas e fundos que investiram apenas em bitcoin agora precisam acalmar seus acionistas e membros do conselho”, destaca Bulakul.

Os analistas ainda relembram quedas e recuperações anteriores para apoiar a crença de que o preço do bitcoin vai se recuperar. Após o pico da criptomoeda no final de 2017, de cerca de US$ 20.000, o preço do ativo perdeu quase 90% de seu valor no ano seguinte.

“A criptografia teve uma corrida de tirar o fôlego nos últimos dois trimestres. Então, um forte recuo e consolidação agora não é surpreendente – é o que vimos em todos os outros mercados em alta anteriores”, ressalta Pete Humiston, gerente da Kraken Intelligence.

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