Após uma série de recordes consecutivos, o Ibovespa terminou a terça-feira (8) em queda de 0,76% aos 129.787 pontos, em movimento de realização de lucros em dia sem grandes novidades no mercado de ações. Entre as principais correções do dia estão os papéis do setor financeiro, enquanto os ganhos foram liderados pelas varejistas após dados sobre as vendas do comércio.
Em abril, as vendas no varejo registraram alta de 1,8% na comparação com o mês anterior, registrando o maior ganho para o mês desde 2000, segundo os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgados hoje, com o desempenho voltando a ficar acima do nível pré-pandemia.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse hoje que o governo deve estender a rodada de pagamentos do auxílio emergencial aos mais vulneráveis por mais “dois ou três meses”, com a expectativa de ganhar tempo para o avanço da vacinação contra a Covid-19.
O dólar voltou a fechar estável em relação ao real nesta terça-feira e negociado a R$ 5,0349 na venda, em sessão marcada por expectativas sobre decisões de política monetária, enquanto investidores acompanham a melhor percepção sobre a economia doméstica.
Luciano Rostagno, estrategista-chefe do banco Mizuho, chamou a atenção para os impactos dos juros domésticos no câmbio: “amanhã temos a divulgação do IPCA e uma aceleração da inflação deve reforçar a expectativa de nova alta de 0,75 ponto percentual por parte do BC. A estratégia do BC de iniciar um processo de normalização tem favorecido o real”.
De acordo com a equipe da Guide Investimentos, a discussão em torno da persistência da inflação nos EUA segue se colocando como principal risco para os mercados, o que reforça o foco no índice de preços ao consumidor nos EUA de maio.
No fechamento, o Dow Jones terminou a sessão em queda de 0,09% aos 34.599 pontos, o S&P 500 ganhou 0,02% aos 4.427 pontos e o Nasdaq avançou 0,31% aos 13.924 pontos.
Copom
Ele notou que atualmente, nos EUA, os consumidores estão com dificuldade para alugar carros e conseguir vagas em hotéis, por exemplo, em meio ao aumento da demanda.
“Isso te diz que há esse estágio da euforia em que as pessoas querem fazer isso, então acho que isso vai acontecer no Brasil também, e isso nos dá uma melhor perspectiva para o segundo semestre”, disse Campos Neto.
Ainda segundo o presidente do Banco Central, alguns fatores por trás dos choques têm alimentado a inflação no país no período recente estão se estabilizado nas últimas semanas. “O câmbio tem performado melhor, as commodities estão de lado, mas você tem a questão da energia que começa a impactar”, afirmou, acrescentando que o BC terá de fazer uma análise do efeito líquido desses fatores. (com Reuters)
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