Alta nas ações do Snap elevam a fortuna dos fundadores em mais de US$ 2 bilhões

24 de julho de 2021
Reprodução/Forbes

Da esquerda para a direita, Bobby Murphy e Evan Spiegel, respectivamente

Depois de superar as expectativas em seu relatório de ganhos do segundo trimestre, as ações da Snap, dona do aplicativo Snapchat, dispararam após o fechamento da bolsa da última quinta-feira (22) e abriram 18% mais altas ontem (23) em comparação com o dia anterior. Às 14:30h (em Brasília) da sexta-feira, as ações registravam avanço de 24%.

Com isso, as fortunas dos fundadores Evan Spiegel e Bobby Murphy aumentaram em mais de US$ 2 bilhões cada. Spiegel, que é CEO, possui 13% da empresa de mídia social; seu patrimônio líquido cresceu US$ 2,8 bilhões no início da tarde de ontem. Já Murphy, o diretor de tecnologia, possui 15%, e ele ganhou mais US$ 3,1 bilhões.

Os resultados surpreendentes da Snap serviram como uma prévia do desempenho das receitas de publicidade em mídias digitais e acabaram valorizando os papéis dos concorrentes. As ações do Facebook subiram 7% na tarde de ontem, aumentando a fortuna de Mark Zuckerberg em quase US$ 8 bilhões. O Facebook publica seus resultados trimestrais na próxima semana. Da mesma forma, as ações do Pinterest aumentaram 6% e as do Twitter, 5%, criando saltos mais modestos no patrimônio líquido de bilionários como Ben Silbermann (US$ 220 milhões, para US$ 4,4 bilhões) e Jack Dorsey (US$ 150 milhões, para US$ 14,7 bilhões).

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A alta recorde das ações do Snap reflete os fortes resultados trimestrais que Spiegel entregou aos investidores na quinta-feira. A receita de abril a junho atingiu a melhor marca da empresa, US$ 982 milhões, mais do que o dobro do mesmo período em 2020. A companhia também reduziu suas perdas líquidas em mais da metade em relação ao mesmo trimestre de 2020, de US$ 326 milhões para US$ 152 milhões, aumentando sua base de usuários em 23%, para 293 milhões de pessoas.

O Snapchat estava perdendo usuários em 2018, mas recuperou sua vantagem inovadora graças, em parte, à ênfase em realidade aumentada (AR). Hoje, a companhia se descreve como uma “empresa de câmeras” e diz que mais de 200 milhões de usuários usam seus recursos de AR – que muitas vezes envolvem filtros de câmera que distorcem o rosto de uma pessoa ou uma parte do ambiente onde ela está – diariamente. O próximo passo para a tecnologia: permitir que os usuários façam compras virtualmente por meio do Snapchat, usando AR para experimentar uma peça de roupa. “As marcas realmente precisam encontrar um substituto para os shoppings e showrooms”, disse Jeremi Gorman, diretor de negócios do Snap, durante a teleconferência de apresentação de resultados da quinta-feira.

Spiegel e Murphy fundaram a empresa em 2011, após se conhecerem na Universidade de Stanford, onde eram alunos. Eles rebatizaram a empresa de Snap em 2016 e abriram o capital no ano seguinte, quando criaram a Snap Foundation, uma organização filantrópica sem fins lucrativos para a qual se comprometeram a doar 13 milhões de suas ações ao longo de suas vidas. Murphy doou 287.000 ações para instituições de caridade este ano, enquanto Spiegel doou 1,6 milhão de ações, de acordo com registros da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês). No entanto, não está claro quantas dessas ações foram para a Snap Foundation – Spiegel, por exemplo, também tem sua própria entidade filantrópica, o Spiegel Family Fund, que se concentra em artes, educação, habitação e direitos humanos na Califórnia.

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