No total, mais de 60 investidores participaram da rodada de investimentos, incluindo Paradigm, Sequoia Capital, Ribbit Capital, Third Point, Lightspeed Venture Partners, Coinbase Ventures, Softbank, Sino Global Capital, Multicoin, a família Paul Tudor Jones, VanEck e Circle, além de Izzy Englander e Alan Howard, de fundos de hedge. Em vez de contar com um banqueiro de investimentos para organizar a rodada, a equipe da FTX trabalhou diretamente com os investidores Paradigm, Ribbit e BTIG para fechar o negócio.
“O principal objetivo da rodada de investimentos era encontrar aliados estratégicos que possam ajudar a FTX a expandir sua marca”, mas o capital em si será usado principalmente para aquisições, disse Sam Bankman-Fried, fundador e CEO de 29 anos da exchange. Ele cita como exemplos firmas não nativas do ambiente cripto, lojas de comércio, plataformas NFT, “qualquer uma dessas são empresas às quais consideramos poder agregar muito valor, seja implementando as ferramentas que construímos ou até, em alguns casos, implementando o que eles construíram”, acrescenta Bankman-Fried. Os recursos também serão gastos na expansão global e na aceleração do crescimento da empresa.
Uma ausência notável da lista de investidores é a da Binance, a maior exchange de criptomoedas do mundo em volume de mercado, atualmente alvo do escrutínio de reguladores financeiros de todo o mundo. Em dezembro de 2019, ela fez um investimento estratégico de uma quantia não divulgada na FTX. O presidente-executivo da Binance, Changpeng Zhao (comumente conhecido como CZ), disse à Forbes que a empresa recentemente desistiu de sua participação acionária na FTX: “Vimos um tremendo crescimento deles, estamos muito felizes com isso, mas saímos completamente.” Ele explica a retirada como parte de “um ciclo normal de investimento” e diz que ela foi concluída amistosamente: “Ainda somos amigos, mas não temos mais nenhuma relação de capital”.
A FTX hoje conta com mais de um milhão de usuários registrados, desde investidores de varejo a sofisticados day traders, family offices e traders institucionais experientes. Essa popularidade crescente também pode ser atribuída aos vários patrocínios esportivos de alto nível que a exchange conquistou este ano. Em março, a FTX fechou adquiriu por 19 anos os direitos de nome da arena do time Miami Heat, da NBA, por US$ 135 milhões – é a primeira vez que uma exchange de criptomoedas patrocina um estádio esportivo profissional nos Estados Unidos. No mês passado, a empresa fechou parcerias publicitárias com a organização de e-sports TSM e a Major League Baseball, e nomeou Tom Brady como seu embaixador. A sua esposa, a modelo Gisele Bundchen, assumiu o papel de consultora de iniciativas ambientais e sociais na FTX. Tanto Brady quanto Bundchen adquiriram uma participação acionária na empresa.
Muitos também se perguntarão se a FTX estaria se posicionando para uma estreia na Bolsa, um caminho cada vez mais trilhado por startups de criptomoedas. Em abril, a Coinbase listou suas ações na Nasdaq, tornando-se a primeira grande empresa do setor a fazê-lo. Seguindo o exemplo, o provedor de infraestrutura digital Circle, e uma exchange ainda a ser lançada, a Bullish, anunciaram recentemente seus planos de também entrar nos mercados públicos.
“Isso é algo em que estaremos pensando ativamente e não sabemos exatamente como vai ser. Portanto, o que queremos fazer é nos colocar em uma posição em que possamos fazer [uma abertura de capital] se quisermos e se estivermos prontos ”, diz Bankman-Fried. Não existe uma “contagem regressiva para entrarmos na Bolsa”.
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