A L Brands está recomprando 10 milhões das ações disponíveis a um preço de US$ 73,01 por ação, o que equivale a US$ 730 milhões para Wexner, antes dos impostos. Os 20 milhões de ações restantes serão vendidas por US$ 74,50 cada, totalizando quase US$ 1,5 bilhão antes dos tributos. Contabilizando os impostos estimados sobre ganhos de capital, Wexner e sua esposa, Abigail, sairão com quase US$ 1,7 bilhão. Após as vendas, Wexner deterá menos de 5 milhões de ações da L Brand – menos de 2% de participação na empresa que fundou em 1963. Com base no preço das ações ao meio dia de ontem (16), a Forbes estima que a fortuna de Wexner valerá US$ 6,1 bilhões. A L Brands confirmou em um email que a oferta será encerrada na próxima segunda-feira (19).
Desde então, Wexner tem buscado se distanciar de Epstein e alegou que o financista se apropriou indevidamente de milhões de sua fortuna. Wexner o contratou como seu consultor financeiro pela primeira vez em 1987, e o relacionamento dos dois tornou-se tão próximo que, em 1991, Wexner deu a Epstein uma procuração com plenos poderes. A mansão de Epstein em Nova York foi comprada por Wexner no final dos anos 1980 e transferida para o financista em meados dos anos 1990.
Em agosto de 2019, Wexner afirmou em uma carta para sua fundação de caridade que havia encerrado seu relacionamento pessoal e profissional com Epstein em 2007, e negou ter qualquer conhecimento ou conexão com os supostos crimes cometidos por ele. Em 2008, Epstein confessou a um tribunal da Flórida ter cometido o crime de prostituição infantil em troca de uma pena mais leve, o que foi visto por alguns como um acordo leniente demais.
Além de ser proprietária da Bath & Body Works, a L Brands é dona da rede de lingerie feminina Victoria’s Secret. Reportagens publicadas em 2020 afirmaram que Epstein fingia ser um recrutador da marca e atacava mulheres jovens que buscavam trabalhar como modelo para a companhia. Mesmo antes das alegações de Epstein, os negócios da Victoria’s Secret sofriam à medida que a liderança da empresa reforçava o apoio às “sex kittens”, popularizadas por seu grupo de supermodelos Angels que incluía Heidi Klum e Gisele Bündchen. Ao mesmo tempo, a indústria de lingerie feminina se transformou e passou a incluir modelos plus size, diversidade e designs que buscavam agradar às mulheres, e não representar o que os homens queriam que elas vestissem.
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Wexner fundou a L Brands em 1963 como a loja de roupas femininas The Limited. Em seu auge, o império L Brands tinha Henri Bendel, Abercrombie & Fitch e Lane Bryant em seu portfólio de varejistas de moda.
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