O Ibovespa opera em queda no início do pregão de hoje (5), com recuo de 0,15% aos 127.434 pontos perto das 10h10 no horário de Brasília. O mercado internacional acompanha de perto o terceiro dia de reunião da Opep+, que busca definir o futuro da oferta de petróleo global nos próximos meses. No cenário doméstico, por sua vez, a crise política segue no centro das discussões, com foco para a reforma tributária. A virada do semestre também trouxe ao debate o Orçamento para o restante do ano, que tem como foco os programas de governo.
Nos indicadores, o Boletim Focus divulgado nesta manhã pelo Banco Central elevou a projeção para a inflação este ano, chegando a 6,07% de 5,97% antes, ao ultrapassar a marca de 6%, a pesquisa assume enxergar maior aperto monetário em 2022. A expectativa do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro melhorou para expansão em 5,18% neste ano, ante 5,05% na semana anterior.
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O dólar é negociado em leve alta frente ao real, enquanto temores sobre a disseminação global da variante Delta da Covid-19 e os ruídos políticos domésticos dominam o radar dos investidores. Às 10h10, a divisa avançava 0,14%, negociada a R$ 5,0601 na venda.
Os mercados norte-americanos não abrem nesta segunda-feira devido ao feriado da Independência dos Estados Unidos, celebrado ontem (4). Sem negociações em Wall Street, a liquidez global deverá ser reduzida na sessão de hoje.
Filipe Villegas, estrategista de ações da Genial Investimentos, comenta sobre as expectativas acerca do evento. “Se o grupo falhar em aumentar a oferta, de um lado, você tem um mercado ainda mais pressionado, o que aumenta os preços do petróleo em um movimento positivo para a commodity, o que [por outro lado] poderia gerar preocupações com a inflação”
As Bolsas europeias operam em alta, enquanto os investidores monitoram o petróleo antes de mais uma reunião da Opep+ e seguem com a disseminação global da variante Delta da Covid-19 no radar. Na zona do Euro, o PMI (Índice Gerente de Compras) Composto final do IHS Markit saltou a 59,6 no mês passado de 57,1 em maio, chegando ao patamar mais elevado desde junho de 2006. O resultado ficou acima da preliminar de 59,2, e mostrou que o afrouxamento de mais restrições pelo coronavírus levou vida de volta ao setor de serviços do bloco.
O Stoxx 600 sobe a 0,37%; na Alemanha, o DAX cresce 0,09%; o CAC 40 valoriza 0,40%, na França; na Itália, o FTSE MIB é negociado em alta de 0,89%. Enquanto isso, no Reino Unido, o FTSE 100 avança 0,55%, em dia em que o primeiro-ministro, Boris Johnson, deve sinalizar planos para a fase final de reabertura da economia no país. Ainda no Reino Unido, o PMI Composto marcou 62,2 pontos em junho, 0,5 ponto acima da projeção do mercado, mas 0,7 ponto abaixo dos dados de maio; enquanto o índice de Serviços registrou 62,4 pontos no mês, acima da projeção de 61,7, mas abaixo dos 62,9 de maio.
Os contratos futuros do minério de ferro na China saltaram mais de 5% nesta segunda-feira, impulsionados pela crescente demanda, à medida que usinas na região siderúrgica de Tangshan retomam produção após o centenário do Partido Comunista Chinês. Os contratos futuros mais negociados do minério de ferro na Bolsa de Commodities de Dalian, para entrega em setembro, chegaram a subir 5,6%, para 1.226 iuanes (US$ 189,80 dólares) por tonelada, e fecharam em alta de 5,5%, a 1.225 iuanes. (com Reuters)
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