Ibovespa fecha em queda e vai a menor patamar dos últimos três meses

12 de agosto de 2021

O Ibovespa fechou hoje (12) em baixa de 1,1%, a 120.700 pontos, o menor patamar dos últimos três meses. Pesaram no índice a queda de 12,33% das ações da Ultrapar (UGPA3), que divulgou prejuízo no segundo trimestre deste ano, e os riscos fiscais ligados ao Orçamento de 2022.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou não ser possível pagar a dívida de precatórios de R$ 90 bilhões sem descumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal. O governo federal atua ainda para aprovar um projeto que aumenta o benefício social pago a famílias carentes, elevando os gastos em um cenário no qual a dívida pública chega a 84,5% do Produto Interno Bruto (PIB).

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Na visão de Fabio Galdino, sócio da Veronezi Investimentos, o desempenho da Bolsa segue prejudicado pela questão fiscal, além de piora na percepção para inflação e, por consequência, revisão nas projeções de Selic. “Como o cenário não está claro nesses aspectos, o Ibovespa deve ficar nesse rame-rame”, diz ele.

Apesar da recepção menos amistosa a alguns balanços corporativos nesta sessão, a avaliação no mercado é de que as empresas têm apresentado bons resultados. A equipe da XP Investimentos avalia os resultados do segundo trimestre como sólidos até agora, com 69% das empresas reportando lucro operacional (Ebitda) em linha ou acima das suas expectativas.

Em Wall Street, os índices Dow Jones e S&P 500 atingiram pelo terceiro dia consecutivo novas máximas recordes de 35.499 e 4.460 pontos, após avançarem 0,04% e 0,30%, respectivamente, com as ações de megacaps de tecnologia dando impulso ao mercado. O Nasdaq caiu 0,35%, a 14.816 pontos.

Dados do Departamento de Trabalho divulgados nesta quinta mostraram 375 mil novos pedidos de auxílio-desemprego na última semana, em linha com a projeção dos economistas consultados pela Refinitiv. Já o índice de preços ao produtor (PPI) teve alta de 1% em julho, resultado acima das expectativas de avanço de 0,6%, segundo a média dos analistas ouvidos pela empresa.

O dólar voltou a fechar em alta e encerrou o dia a R$ 5,2564 na venda, um avanço de 0,66%, com o mercado repercutindo os ganhos da moeda no exterior após dados mais fortes de inflação nos EUA e incertezas depois do adiamento para a próxima semana da votação da reforma do imposto de renda.

Uma nova enxurrada de balanços está agendada para hoje após o fechamento do pregão, incluindo os números de BRF, Magazine Luiza, Lojas Renner, Natura, Sabesp e CCR. (Com Reuters)

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