Morgan Stanley vê economia mais forte em 2021 e Selic em pico de 8% em 2022

6 de agosto de 2021
ThiagoNori/GettyImages

Além do aumento da Selic, os especialistas do banco também prevêm alta do PIB e do IPCA

Os economistas André Loes e Thiago Machado passaram a ver aumento de 5,5% do PIB neste ano, de 4,2% antes.

“Esperamos que o impulso do segundo semestre se estenda para 2022, com o processo eleitoral tendo impacto limitado sobre o crescimento, que agora projetamos em 2,5% (de 2,7% anteriormente; consenso em 2,1%), mesmo que possa gerar mais volatilidade nos preços de mercado”, disseram Loes e Machado em relatório hoje (6).

VEJA TAMBÉM: Banco Central eleva Selic a 5,25%, e indica novo aumento da taxa em setembro

A normalização mais rápida do chamado hiato do produto (diferença entre crescimento potencial e efetivo) vai reforçar a tendência recente na inflação de pressões de oferta começarem a se espraiar para núcleos dos índices de preços e para a inflação de serviços de forma mais proeminente.

Com isso, eles elevaram a estimativa para o IPCA em 2021 a 6,9%, de 6,2%.

“Para o próximo ano, estamos mantendo nossa projeção de inflação em 4,0%, já que o Banco Central deve levar os juros acima dos níveis neutros, provavelmente compensando crescentes pressões inflacionárias nos serviços e em itens dos núcleos de inflação”, afirmaram Loes e Machado.

Nesse contexto e com um BC “claramente ‘hawkish’ (duro com a inflação)”, o Morgan Stanley jogou para cima também os prognósticos para a Selic. Agora a previsão é de que o juro feche 2021 em 7,50% (antes a projeção era de 6,50%), com um aperto final no primeiro encontro do Copom de 2022 que empurrará a taxa para o pico do ciclo de 8,00%.

“A desaceleração gradual da inflação deve permitir que a autoridade monetária corte a taxa básica de juros em 50 pontos-base na última reunião de 2022, de volta a 7,50%”, finalizaram os economistas do Morgan Stanley.

A Selic foi elevada nesta semana para 5,25%, depois de o Bacen acelerar o ritmo de alta para 1 ponto percentual citando maiores pressões inflacionárias. (Com Reuters)

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