Carteira recomendada: Vale é pela 10º vez consecutiva a empresa mais sugerida por bancos e corretoras

3 de setembro de 2021
Liulolo/Getty Images

Forbes elencou as 24 ações mais recomendadas entre 23 bancos e corretoras

Pelo décimo mês consecutivo, a Vale (VAL3) protagonizou a lista de empresas mais sugeridas em carteiras recomendadas de bancos e corretoras. De acordo com o levantamento mensal realizado pela Forbes, a mineradora teve 15 indicações para setembro, uma a menos que a carteira de agosto e duas a mais que a de julho.

O Banco Safra, por exemplo, neste mês, reduziu o peso da Vale para 13% em sua carteira, mas ainda acredita no potencial da companhia em “continuar gerando um bom fluxo de caixa e manter os níveis atrativos de remuneração aos acionistas, mesmo com a queda recente no minério de ferro”. Em agosto, o minério desvalorizou 24,7%, segundo dados da Fastmarkets, na comparação com o mês anterior. Ao mesmo tempo, a Vale destinou R$ 3,6 bilhões para o pagamento de dividendos em 2021, sendo R$ 0,716268 por ação.

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Em segundo lugar ficou o Itaú Unibanco (ITUB4), com cinco recomendações a mais em relação a agosto, totalizando 11 sugestões neste mês. O aumento das recomendações é resultado do “crescimento no lucro em 2021, da margem financeira maior, da estabilidade nas despesas não decorrentes de juros e da redução no custo de crédito”, informaram os analistas da Planner Mario Roberto, Luiz Francisco, Victor Luiz e Ricardo Tadeu, na carteira recomendada da corretora.

Outros destaques que os especialistas apontaram é que as ações do Itaú, assim como os ADRs (American Depositary Receipts), em Nova Iorque, continuarão a ser negociados com o direito ao recebimento, até 1º de outubro, dos valores mobiliários de emissão da XPart, empresa criada a partir da segregação pelo Itaú da participação que detinha na XP.

Para completar o pódio, em terceiro lugar ficou a B3 (B3SA3). As avaliações feitas por meio das carteiras analisadas pela Forbes apontam que a companhia ainda é um dos principais destaques nas últimas recomendações. Ficou em segundo lugar em agosto e também em terceiro em julho. Para a Ativa Investimentos, a presença nas primeiras posições deve-se à baixa na taxa Selic, que hoje está em 5,25% e “[devido ao] seu monopólio nacional na negociação de ativos de renda variável no mercado brasileiro”.

A Forbes listou os papéis mais recomendados por 24 corretoras e bancos, bem como os comentários de alguns analistas sobre as ações de maior destaque em setembro:

Vale (VALE3) - 15 recomendações Órama Investimentos: “Acreditamos que a retomada das economias globais resultará em um novo superciclo de commodities, especialmente no minério de ferro, principalmente em países como a China. Além da citada retomada, vemos no horizonte estímulos vindo para reforma de infraestrutura nas economias desenvolvidas, o que vai aumentar a demanda por minério no futuro. Esse crescimento de demanda tem impactado de forma significativa os preços da commodity e, consequentemente, beneficiado as mineradoras de forma geral. A companhia possui algumas unidades paradas e assim, mesmo que a demanda por minério aumente, será possível honrar os pedidos sem grandes problemas. Seu robusto pagamento de dividendos semestrais é um grande atrativo e uma forma de balancear nossa carteira de investimentos com uma empresa bastante sólida.” Terra Investimentos: “O balanço da Vale do segundo trimestre reflete ainda a expectativa de forte geração de caixa com cenário de demanda de metais nos países desenvolvidos, com destaque para China e os dividendos previstos para setembro com distribuição mínima de US$ 5,3 bilhões (yield de 4,5%). A mineradora continua apresentando resultados sólidos com a ajuda de volumes fortes de vendas e preços ainda em patamares altos no mercado da China. Outro fator que influencia positivamente na exportadora é a variação cambial. Preço-alvo 12 meses: R$ 140,00.”more
B3 (B3SA3) - 8 recomendações Ativa Investimentos: “O mercado de capitais brasileiro vem sofrendo uma grande transformação. Os juros estruturalmente baixos obrigaram o brasileiro a mudar o hábito de como investir, bem como a forma de captação das empresas. Nesse contexto, a B3, que possui o monopólio nacional na negociação de ativos de renda variável no mercado brasileiro, surge como um dos cases mais sólidos da Bolsa. Mais do que resiliente, a empresa se mostra ‘anti-frágil’ em momentos de extrema volatilidade. Portanto, apesar dos múltiplos esticados, enxergamos potencial de valorização para a companhia, dada suas vantagens competitivas em um ambiente de expansão do número de investidores e de listagens de empresas. Necton: “A B3 também voltou para carteira após seu fraco desempenho das ações em agosto e no acumulado do ano (-29%). Os volumes de negociação caíram recentemente, mas os níveis atuais são mais que suficientes para justificar o valuation, enquanto um cenário de curto prazo mais volátil poderia ajudar na recuperação dos volumes.”more

 

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