China pede para Evergrande evitar calote de títulos em dólar

23 de setembro de 2021
REUTERS/Tyrone Siu

Os reguladores informaram que a empresa deveria se comunicar proativamente com os detentores de títulos para evitar inadimplência

Reguladores chineses pediram ao China Evergrande Group para evitar um calote de curto prazo em seus títulos denomidados em dólar, informou a Bloomberg Law hoje (23), data em que a endividada incorporadora imobiliária deve fazer pagamento de juros de sua dívida “offshore”.

Em uma reunião recente com a Evergrande, os reguladores informaram que a empresa deveria se comunicar proativamente com os detentores de títulos para evitar inadimplência, mas não deu uma orientação mais específica, informou a agência Bloomberg, ao citar uma pessoa familiarizada com o assunto.

Acompanhe em primeira mão o conteúdo do Forbes Money no Telegram

O Wall Street Journal noticiou separadamente, também nesta quinta-feira, que as autoridades chinesas estavam pedindo aos governos locais que se preparassem para possível quebra da Evergrande, citando autoridades familiarizadas com as discussões.

Os governos locais foram obrigados a reunir grupos de contadores e especialistas jurídicos para examinar as finanças em torno das operações da Evergrande em suas respectivas regiões, disse o jornal.

Eles também foram obrigados a conversar com incorporadoras estatais e privadas locais para se prepararem para assumir projetos e formar equipes de aplicação da lei para monitorar a ira pública e os chamados incidentes em massa, um eufemismo para protestos, informou o WSJ.

Um porta-voz da Evergrande, a segunda maior incorporadora imobiliária da China, se recusou a comentar as duas reportagens.

O presidente da Evergrande, Hui Ka Yan, instou seus executivos na noite de ontem (22) a garantir a entrega de propriedades de qualidade e o resgate de seus produtos de gestão de fortunas, que normalmente são mantidos por milhões de investidores individuais na China. Ele não mencionou a dívida “offshore” da empresa.

Analistas disseram que as medidas enfatizaram a pressão política sobre a Evergrande, cujos passivos chegam a 2% do Produto Interno Bruto da China, para conter as consequências de sua crise de crédito e proteger pequenos investidores em detrimento dos credores profissionais. (com Reuters)

Siga FORBES Brasil nas redes sociais:

Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn

Siga Forbes Money no Telegram e tenha acesso a notícias do mercado financeiro em primeira mão

Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.

Tenha também a Forbes no Google Notícias.