IGP-10 recua em setembro com queda do minério de ferro, mas pressão aumenta para consumidor, diz FGV

16 de setembro de 2021
David Gray/Reuters

Minerador segura amostra de minério de ferro

A aceleração expressiva da queda nos preços do minério de ferro aliviou a inflação ao produtor e o Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) caiu 0,37% em setembro, ante alta de 1,18% em agosto, de acordo com dados divulgados hoje (16) da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

A expectativa em pesquisa da “Reuters” era de queda mais acentuada, de 0,63%. Com o resultado deste mês, o indicador passou a acumular em 12 meses alta de 26,84%.

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O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, registrou em setembro queda de 0,76%, depois de ter subido em agosto 1,29%.

Foi a queda de 22,17% nos preços do minério de ferro a responsável pela leitura, segundo André Braz, coordenador dos índices de preços. No mês anterior, o metal havia registrado recuo de 7,23%.

Com esse resultado, os preços do grupo Matérias-Primas Brutas caíram 5,01% em setembro, após subirem 0,55% em agosto.

Apesar da queda no índice geral, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10), que responde por 30% do índice geral, acelerou a alta para 0,93% em setembro, ante 0,88% no mês anterior.

“Café (13,51%), açúcar (8,75%) e tarifa de energia (3,06%) figuram entre as principais pressões inflacionárias do IPA e do IPC e refletem os efeitos da estiagem sobre os preços dos alimentos e da energia”, escreveu Braz em nota.

Entre os componentes do IPC-10, o comportamento de destaque foi o do grupo Educação, Leitura e Recreação, que acelerou a alta a 1,34% este mês, contra 0,51% em agosto.

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Em setembro o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) desacelerou a alta a 0,43%, de 0,79% em agosto.

O IGP-10 calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência. (Com Reuters)

 

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