A moeda brasileira registrou o pior desempenho global nesta sessão, mas de forma geral ativos emergentes e correlacionados a commodities sofreram em bloco, por temores de contágio dos problemas financeiros da incorporadora chinesa Evergrande à percepção de risco para emergentes como um todo. Há avaliações de que um calote da Evergrande teria potencial para ser o maior já registrado para uma empresa.
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Aqui, o dólar à vista subiu 0,78%, a R$ 5,3287. A alta percentual é a mais forte desde o último dia 8 (+2,84%), e o nível de fechamento é o mais alto desde 23 de agosto (R$ 5,3823).
Algum arrefecimento nas perdas nos mercados internacionais no fim do pregão permitiu que o dólar finalizasse a jornada a alguma distância da máxima intradiária – de R$ 5,3782 (+1,72%). Na mínima, a cotação ganhou 0,36%, a R$ 5,3067.
O dólar rompeu duas resistências técnicas principais nesta sessão: a linha psicológica dos R$ 5,3000 e a média móvel de 200 dias (R$ 5,3136).
O nervosismo dos mercados nesta semana tem lastro ainda na expectativa pelos resultados de reuniões de diversos BCs (bancos centrais) pelo mundo nos próximos dias, com investidores de Brasil mirando as decisões do Fed (banco central dos EUA) e do Copom (colegiado que define os juros no Brasil) – ambas na quarta-feira (15).
O Banco Central vem elevando as taxas por aqui, enquanto o Fed segue em dúvida sobre se cortará o volume de estímulos, embora não deva mexer na taxa de juros (que está perto de zero).
O saldo das perspectivas para os dois BCs é um aumento dos juros nominais implícitos em contratos de taxa de câmbio do real, o que em tese elevaria a atratividade da moeda brasileira. Essa taxa embutida está em cerca de 7,4% ao ano para seis meses e em 8,3% para um ano – ante 1,3% e 2,3% no começo de 2021, respectivamente. (Com Reuters)
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