As autoridades do comércio do G7, que se encontrarão em Londres, podem fazer apelos por esforços mais intensos na correção de atrasos nos portos de contêineres e outros gargalos no transporte, mais melhorias na infraestrutura para acelerar a chegada dos produtos ao mercado e diversificação dos fornecedores de componentes-chave, como semicondutores, incluindo mais produção doméstica.
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“Essas autoridades têm poucas cartas na manga para resolver esse problema”, disse Harry Broadman, diretor-gerente do Berkley Research Group e ex-autoridade comercial dos Estados Unidos. “Em última análise, isso é impulsionado pela demanda do consumidor.”
Com a demanda e a oferta fora de sincronia e a logística lutando para se recuperar, pode levar até seis meses para que a escassez de muitos bens seja amenizada, disse ele, e grande parte desse movimento será provocada pelas forças de mercado e empresas do setor privado preenchendo a lacuna entre os dois lados.
Atender a algumas das necessidades mais críticas da cadeia de suprimentos levará tempo, disse William Reinsch, especialista em comércio do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais e ex-autoridade de exportação do Departamento de Comércio dos EUA.
Grande parte do problema atual é uma incompatibilidade entre a forte demanda reprimida por bens –alimentada por cheques de auxílio durante a crise do coronavírus e economias acumuladas pelas pessoas durante os lockdowns– contra uma oferta limitada por paralisações de produção, estoques menores e escassez de trabalhadores.
Mas o “boom” no consumo que elevou os gastos do consumidor norte-americano em bens duráveis 25% acima da tendência este ano não vai durar e provavelmente será substituído por uma demanda abaixo do normal em 2022, disse o economista-chefe do UBS, Paul Donovan, em nota a clientes. Isso vai desacelerar o crescimento do PIB e esfriar a inflação.
“Uma vez que a demanda reprimida seja atendida, não há mais necessidade de gastar. A pessoa que comprou uma nova máquina de lavar este ano não tem pressa em comprar outra nova no próximo ano”, escreveu Donovan. (Com Reuters)