No cenário básico, o dólar agora deve terminar o ano em R$ 5,30, ante taxa de R$ 5,00 prevista anteriormente. No cenário otimista, a moeda fica em R$ 5,10, contra R$ 4,80 estimados antes. Nos cálculos mais pessimistas, o dólar fecha 2021 em R$ 5,60 – de R$ 5,40 do prognóstico anterior.
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O cenário-base inclui redução de estímulos nos EUA em dezembro com sinalização de alta de juros para o quarto trimestre de 2022, além de resolução no Brasil para o aumento dos precatórios sem “jabutis” (matérias estranhas ao tema central da Proposta de Emenda à Constituição), entre outras ponderações.
No cenário otimista, a indicação pelo Federal Reserve (BC dos EUA) de alta de juros fica só para 2023, com a mesma solução citada acima para os precatórios. No quadro mais negativo, o encerramento desse imbróglio no Brasil se dá à base dos “jabutis”, elevando o risco fiscal, enquanto nos EUA o Fed aponta acréscimo de juros já para o terceiro trimestre de 2022.
No documento, os analistas do BTG Pactual digital admitiram terem sido surpreendidos em setembro pelos riscos vindos do mercado asiático, sobretudo da China, enquanto nos EUA a mudança de orientação pelo banco central foi mais “hawkish” (inclinada a menos estímulos monetários) do que o esperado.
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“A Reforma do Imposto de Renda e os gastos com precatórios, que estão ligados diretamente à discussão de reformulação do Bolsa Família, podem mudar a percepção do mercado em relação às contas públicas, considerando que a paralisação no Congresso dos temas que citamos pode resultar em novos benefícios sociais capitalizados através de crédito extraordinário”, disseram os profissionais do BTG digital.
Para eles, isso significa maior pressão fiscal e, por consequência, alta no prêmio de risco da economia brasileira. (Com Reuters)