O Ibovespa fechou hoje em baixa de 0,24%, a 113.185 pontos, depois de uma sessão de grande volatilidade em que a Bolsa brasileira se descolou do otimismo dos mercados internacionais e foi pressionada principalmente por ações de empresas ligadas ao mercado doméstico.
Os bancos também foram destaque negativo deste pregão, com Itaú Unibanco (ITUB4), Bradesco (BBDC4) e Banco do Brasil (BBAS3) registrando quedas de 0,54%, 0,78% e 0,49%, respectivamente. O setor, no entanto, deve se beneficiar do esperado reajuste da taxa Selic no fim deste mês. “O que temos de certeza para o resto do ano e para a próxima reunião do Copom [Comitê de Política Monetária] é uma alta de juros e uma Bolsa ainda com grande volatilidade”, diz Davi Lelis, especialista e sócio da Valor Investimentos.
Em Wall Street, o dia foi de ganhos expressivos para os três principais índices. O Dow Jones fechou em alta de 1,56%, a 34.912 pontos; o S&P 500 cresceu 1,71%, a 4.438 pontos, e o Nasdaq avançou 1,73%, a 14.823 pontos. Os investidores reagiram positivamente aos balanços do terceiro trimestre dos bancos Morgan Stanley, Wells Fargo e Bank of America, que superaram as estimativas de lucro.
“Um fator que anima os mercados nesta semana é a ata do Federal Reserve divulgada na quarta-feira, que espantou os medos dos investidores de um corte nos estímulos monetários repentino por parte do Banco Central norte-americano”, afirma Patrick Johnston, superintendente de renda variável da Blue3. “A expectativa é de um corte gradual dos estímulos começando já em novembro, porém sem pretensão de alta de juros no curto prazo”, diz ele.
O dólar fechou praticamente estável, com alta de 0,09%, a R$ 5,5206 na venda, mesmo após intervenção do Banco Central, que vendeu 20 mil contratos de swap cambial tradicional totalizando US$ 1 bilhão de dólares. Ontem (13), a autarquia também injetou liquidez no mercado de câmbio e conseguiu que a moeda encerrasse o dia abaixo da marca psicológica de R$ 5,50.