O recente salto da inflação na zona do euro tem as interrupções na oferta como motor estrutural e o Banco Central Europeu deve estar atento a qualquer sinal de aumento nos salários, disse o vice-presidente do BCE, Luis de Guindos, hoje (4).
O BCE espera oficialmente que o aumento dos preços na zona do euro, que atingiu 3,4% no mês passado, desacelere para abaixo da meta de 2% no ano que vem, mas muitos dentro do banco temem que a inflação se mostre mais persistente.
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De Guindos repetiu as projeções do BCE, mas advertiu que alguns dos fatores do recente aumento da inflação, como gargalos de oferta e maiores custos de energia, estavam tendo um impacto “estrutural” e podem afetar as expectativas dos trabalhadores e as demandas salariais.
“Este aumento da inflação não está apenas respondendo a efeitos de base, mas também há um componente que terá um impacto mais estrutural”, disse de Guindos em evento na Espanha.
“Isso está tendo um impacto que vai além do que esperávamos há apenas alguns meses.”
Ele acrescentou que a resposta da política monetária do BCE teria que mudar se a inflação se tornar permanente como resultado de esses fatores durarem mais do que o esperado ou começarem a ter impacto nas negociações salariais.
De Guindos disse que, se a atividade econômica se normalizar e a pandemia retroceder, o Programa de Compra de Emergência da Pandemia (PEPP) do BCE “terá cumprido sua missão”. (Com Reuters)
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