“Irei examinar atentamente os dados que teremos entre agora e a reunião de dezembro e pode muito bem ser apropriado ter nessa reunião uma discussão sobre como aumentar o ritmo pelo qual temos reduzido nosso balanço patrimonial”, disse o vice-chair do Fed, Richard Clarida, na edição de 2021 da Conferência de Política Econômica sobre a Ásia do Fed de San Francisco.
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“Isso será algo a se considerar na próxima reunião”, disse Clarida ao frisar o risco de alta para uma inflação já elevada e que a economia está “em uma posição muito forte”.
Mais cedo hoje (19), o diretor do Fed Christopher Waller já havia feito apelo para que o banco central acelerasse a redução nas compras de títulos para aumentar a margem para aumento das taxas de juros, que estão em nível próximo a zero, já no segundo trimestre do ano que vem, caso a inflação alta e a força da geração de empregos persistam.
“A rápida melhora no mercado de trabalho e os dados de inflação em deterioração têm me levado a ficar favorável a um ritmo mais veloz de redução gradual (de estímulos) e a uma remoção mais acelerada da acomodação (monetária) em 2022”, disse Waller no Centro para Estabilidade Financeira em Nova York.
Uma taxa de inflação na máxima de 30 anos e um ritmo acelerado de abertura de empregos levaram quase todas as autoridades do Fed a uma reflexão, com Waller e o presidente do Fed de Saint Louis, James Bullard, antes os mais vocais na pressão por um cronograma acelerado de corte de estímulo.
A sugestão de Clarida nesta sexta-feira de que tal plano poderia ser discutido na próxima reunião de política monetária do banco central aumenta a probabilidade de que ele possa ser colocado em prática.
A tensão surge enquanto o presidente norte-americano, Joe Biden, fica mais perto de anunciar uma decisão sobre manter Jerome Powell como chair do Fed por mais um mandato ou promover a diretora Lael Brainard ao cargo. Espera-se que a escolha seja feita até o Dia de Ação de Graças.