Em entrevista à Forbes, a empresária afirma que a presença de herdeiros trabalhando desde novos nos negócios familiares, como foi o seu caso, pode fazer toda a diferença para a companhia.
“Quando o herdeiro começa a trabalhar cedo, há uma junção valiosa de experiência das gerações anteriores com atitude das gerações novas”, diz. “Eu cheguei à Kopenhagen com uma pauta diferente, provocando o sistema e quebrando o status quo. Hoje, a CRM tem muito mais cara de Renata do que de Celso.”
Renata liderou a criação de uma nova marca com o objetivo de “democratizar o chocolate de qualidade no Brasil”, em suas palavras. A proposta era voltada para consumo e, conforme enxerga hoje, foi possível graças à experiência que teve trabalhando desde jovem.“Para mim foi essencial começar na empresa já jovem, trazendo frescor para a operação”, diz.
Nos 25 anos de trabalho na CRM até aqui, Renata acredita que um dos maiores aprendizados e dificuldades foi evoluir no papel de liderança. “Eu era um general, sempre fui muito disciplinada e um pouco extremista”, relembra. Ela afirma que hoje 80% de seu tempo é voltado para gestão de pessoas e para fazer com que seus funcionários se apaixonem pelo negócio. “Empresas que retêm bons talentos são empresas com lideranças mais atuais, voltadas para inspiração”, argumenta.
Apesar da trajetória desde nova na empresa, Renata acredita que seu filho, de 15 anos, não deve seguir a família no Grupo CRM. “Acho que ele vai para um caminho de finanças. Eu fui muito incentivada a ser quem eu quisesse ser, então tento fazer o mesmo com ele”, diz.