O Ibovespa fechou hoje (11) em alta de 1,54%, a 107.594 pontos, puxado pelas ações da Vale e pelos balanços corporativos positivos. A mineradora, que tem peso significativo na carteira teórica do índice, registrou avanço de 3,53% na esteira da alta dos preços do minério de ferro e outros produtos siderúrgicos na China.
Usiminas (USIM5), Gerdau (GGBR4) e CSN (CSNA3) também se beneficiaram do movimento e subiram 6,24%, 5,99% e 7,46%, respectivamente, figurando entre os destaques da sessão.
As vendas no varejo em setembro mostraram recuo de 1,3% na comparação com agosto, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O resultado ficou abaixo das expectativas dos economistas, que esperavam queda de 0,6%. Apesar de o indicador refletir a inflação elevada do país, ele não chegou a impactar a Bolsa de forma significativa.
Os investidores mantêm a PEC (proposta de emenda constitucional) dos Precatórios no radar. O texto-base foi aprovado em segundo turno na Câmara dos Deputados na última terça-feira (9), e segue para o Senado, onde deve encontrar mais resistência.
Entre os destaques positivos desta sessão estão as ações da Méliuz (CASH3) e da Azul (AZUL4), que fecharam em altas de 10,34% e 9,83%, respectivamente. A companhia aérea liderou os ganhos por boa parte do dia, mesmo após divulgar prejuízo bilionário no terceiro trimestre. O seu desempenho hoje foi puxado pelo resultado operacional medido pelo Ebitda, que cresceu para R$ 485,6 milhões de julho a setembro.
Apesar de a inflação nos Estados Unidos estar mais forte do que o esperado, atingindo uma máxima dos últimos 30 anos, segundo dados divulgados pelo Bureau of Labor Statistics ontem (10), os investidores não desaceleraram o ritmo de compra de ações.
Segundo Arthur Hogan, estrategista-chefe de mercado da National Securities, os investidores são capazes de enxergar além do curto prazo, pois “simplesmente temos mais demanda do que oferta. Isso provavelmente é bom para o crescimento futuro dos resultados corporativos”, diz ele.
A Walt Disney Company (DIS; DISB34) despencou 7,07%, liderando as perdas entre os nomes listados no Dow Jones, após relatar o menor crescimento das assinaturas do serviço de streaming Disney+ desde o seu lançamento, além de lucro considerado decepcionante em sua divisão de parques temáticos.