O resultado é o melhor para o mês desde 2013, quando foi registrado um saldo positivo de R$ 45,559 bilhões, em valor atualizado pela inflação.
Em novembro, a receita líquida do governo central teve alta real de 4,4% sobre o mesmo mês de 2020, a R$ 130,863 bilhões.
Já as despesas totais sofreram contração de 12,7%, a 126,991 bilhões de reais, fundamentalmente pela queda nos gastos associados ao enfrentamento da pandemia, que foram muito mais altos em 2020.
Em novembro do ano passado, o governo central registrou um déficit primário de 18,257 bilhões de reais. No acumulado de janeiro a novembro deste ano, o rombo nas contas públicas foi de R$ 49,287 bilhões, contra R$ 699,122 bilhões no mesmo período de 2020. Em 12 meses, o déficit primário é de R$ 93,419 bilhões em valores correntes, equivalente a 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB).
Neste mês, o Ministério da Economia melhorou sua projeção de déficit primário para o governo central em 2021 a R$ 89,8 bilhões, diante da perspectiva de maior arrecadação neste ano.
“Essa perspectiva para o resultado do Governo Central aliada às estimativas de superávit de Estados e Municípios (R$ 76,3 bilhões) e das Estatais Federais (R$ 2,5 bilhões) aproximam o setor público de um superávit primário em 2021, algo que não se registra desde 2013”, informou o Tesouro.
De acordo com a secretaria, o resultado é viabilizado por uma forte alta na arrecadação e uma focalização de gastos com enfrentamento à pandemia do coronavírus, além de outras medidas de redução de despesas ao longo da atual gestão, como a reforma da Previdência e a redução de gastos com folha de pagamento de servidores. “A consequência direta desse esforço é a tendência de redução da despesa do Governo Central em percentual do PIB, que deve chegar no próximo ano a um patamar pouco acima de 18%, valor próximo ao apurado em 2014 e bem abaixo da média de 19,5% registrada no quinquênio 2015-2019”, informou.