A estatal vai encerrar o ano com 119 cargas importadas de GNL, superando o recorde anterior de 2014, quando a empresa trouxe 99 cargas para ajudar o país a lidar com a escassez de chuvas nas hidrelétricas, como aconteceu em 2021, na pior crise hídrica em 91 anos.
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A oferta brasileira de gás é de aproximadamente 100 milhões de metros cúbicos, sendo 50 milhões de m3 de produção nacional, aproximadamente 20 milhões de m3 de gás importado da Bolívia e 30 milhões de GNL, incluindo importação de cargas por outros agentes, além da Petrobras.
O Brasil é um importador líquido de gás, e a expectativa do mercado é de que a demanda do país pelo produto seguirá maior que a oferta interna pelo menos até 2035. O aumento de produção de pré-sal, em campos como Búzios, elevará a oferta, mas mesmo no pico de extração a demanda total será maior nos próximos anos.
GERAÇÃO TÉRMICA
No auge da crise hídrica, a geração térmica chegou a mais de 19 mil megawatts, mas atualmente está em cerca de 10 mil MW, segundo o segundo o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Carlos Ciocchi.
Em dezembro, por sua vez, as chuvas estão aquém das estimativas, e os reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste devem fechar o mês com um nível em torno de 25%, segundo a última projeção divulgada pelo órgão.
“Chuvas muito forte e problemáticas no sul da Bahia. Devem se deslocar para Minas Gerais e São Paulo. Reservatórios do Sudeste se recuperando abaixo do esperado. Vamos ver as chuvas desses próximos 10 dias, que podem ser bem intensas” disse ele à Reuters.
Apesar das chuvas mais “fracas” em dezembro, o ONS mantém a previsão de encerrar o período úmido com reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste com nível entre 58% e 62,1% em maio de 2022, volume mais confortável do que o visto em 2021.