Ibovespa fecha em alta com commodities e dólar vai à mínima de dois meses

12 de janeiro de 2022

O Ibovespa fechou hoje (12) em alta de 1,84%, a 105.685 pontos, em sessão influenciada pelas commodities. A Vale (VALE3) avançou 1,09%, enquanto os papéis da Petrobras (PETR3 e PETR4) subiram acima de 3%.

“Os estoques de petróleo nos EUA estão bem abaixo das estimativas, o que acabou influenciando de maneira positiva o preço da commodity. O minério de ferro também avança, com as fortes chuvas em Minas Gerais pressionando a oferta e dando fôlego para o preço do ativo”, afirma Judah Nunes, líder na mesa de renda variável da Blue3.

Os destaques positivos da sessão também incluíram os papéis do Magazine Luiza (MGLU3), Iguatemi (IGTI11) e Multiplan (MULT3), que registraram avanços de 7,50%, 8,31% e 6,54%, respectivamente.

Os shoppings ganharam impulso após a Multiplan anunciar que as vendas registradas em seus estabelecimentos no quarto trimestre ultrapassaram pela primeira vez o nível de 2019.

Em Wall Street, os índices também encerraram o dia em alta. O Dow Jones subiu 0,11%, a 36.290 pontos; o S&P 500 avançou 0,28%, a 4.726 pontos; e o Nasdaq cresceu 0,23%, a 15.188 pontos.

O mercado norte-americano reagiu positivamente à divulgação dos dados de preços ao consumidor dos EUA, que mostraram avanço de 0,5% em dezembro, após alta de 0,8% em novembro. No acumulado de 12 meses, o índice avançou 7,0%, maior aumento anual em quase quatro décadas.

Os dados vieram amplamente em linha com as expectativas dos economistas. Isso ajudou a amenizar algumas preocupações sobre os aumentos de juros mais rápidos do que o esperado no país, a serem promovidos pelo Federal Reserve, banco central norte-americano.

As ações de gigantes da tecnologia forneceram o maior impulso à sessão. Apple (AAPL), Alphabet (GOOGL) e Microsoft (MSFT) subiram 0,26%, 1,21% e 1,04%, respectivamente.

O dólar fechou em queda de 0,78%, negociado a R$ 5,5357 na venda, o menor patamar em quase dois meses. As operações repercutem a percepção de que os Estados Unidos não serão tão agressivos no processo de normalização de sua política monetária. (Com Reuters)