O IPCA-15, prévia da inflação brasileira, teve alta de 0,58% em janeiro, abaixo da taxa de 0,78% de dezembro, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) hoje (26).
Em 12 meses até janeiro, a alta acumulada do IPCA-15 passou a 10,20%, depois de ter encerrado o ano passado a 10,42%. A meta de inflação para 2022 é de 3,5%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, medida pelo IPCA.
No ano passado, a inflação medida pelo IPCA sofreu sob o peso de combustíveis, alimentos e energia elétrica, terminando com avanço acumulado de 10,06% e bem acima do teto do objetivo, que era de 5,25%.
Já 2022 começou com quedas de 1,78% nos preços da gasolina e de 18,21% das passagens aéreas, segundo o IBGE. Também recuaram os custos de etanol (-3,89%) e gás veicular (-0,26%) no período, levando o grupo Transportes a registrar deflação de 0,41%, depois de uma disparada de 2,31% em dezembro.
A alta de alimentação no domicílio passou de 0,46% em dezembro para 1,03% em janeiro, com os maiores impactos vindo de cebola (17,09%), frutas (7,10%), café moído (6,50%) e carnes (1,15%).
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A alimentação fora do domicílio também acelerou o avanço a 0,81%, de 0,08% no mês anterior, com o lanche passando de queda de 3,47% em dezembro para alta de 1,25% no IPCA-15 de janeiro.
A forte pressão inflacionária fez com que o Banco Central intensificasse o aperto monetário, levando a taxa básica de juros Selic a 9,25% em dezembro.
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Para a primeira reunião de 2022, em fevereiro, a expectativa é de novo aumento de 1,5 ponto percentual, levando a taxa para 10,75%. A pesquisa Focus mostra que os especialistas consultados pela autoridade monetária veem a Selic a 11,75% ao final deste ano, com a inflação em 5,5%.