Fechamento Ibovespa: Ibovespa fecha em queda sob impacto de tensões na Ucrânia

21 de fevereiro de 2022

O Ibovespa fechou hoje (21) em queda de 1,02%, a 111.725 pontos, em dia de menor volume de negociações devido ao feriado do Dia do Presidente nos Estados Unidos. O principal índice da bolsa brasileira trabalhou boa parte do pregão no positivo, mas virou para o negativo por volta das 15:30h.

A pressão veio, sobretudo, do aumento das tensões entre Rússia e Ucrânia depois que o presidente russo Vladimir Putin declarou que pretende reconhecer oficialmente regiões separatistas do leste ucraniano. A decisão pode afetar as negociações de paz e piorar as relações entre Moscou e os países ocidentais.

Apesar das altas tensões, as commodities aplacaram uma queda maior da Bolsa brasileira. A alta de mais de 2% no petróleo e o avanço dos preços do minério de ferro impulsionaram ações de blue chips, com destaque para a Petrobras (PETR3, PETR4) e Vale (VALE3), que subiram 2,70%, 2,58% e 0,08%, respectivamente.

No campo negativo, as ações da Americanas (AMER3) tiveram queda de 6,44% após o e-commerce suspender sua plataforma devido a riscos de “acesso não autorizado” no fim de semana. Os sites Americanas e Submarino ainda estavam fora do ar nesta tarde.

Nos Estados Unidos, as bolsas de Nova York não abriram hoje devido ao feriado do Dia do Presidente.

O dólar começa a semana no menor patamar em quase sete meses frente ao real. A moeda brasileira registrou o melhor desempenho hoje entre seus pares, beneficiada pelas altas taxas de juros.

O dólar fechou em queda de 0,64%, a R$ 5,1070 reais. É o menor valor desde a cotação de R$ 5,0795 reais em 29 de julho do ano passado.

“Vemos uma apreciação do real importante neste ano. Isso se deve à subvalorização da moeda, que, pela evolução do poder de paridade de compra, já devia estar em torno de R$ 4,60, e também pela política monetária agressiva do Banco Central brasileiro”, comenta Patrícia Krause, economista-chefe da Coface.

Ela explica que, como o Ibovespa caiu muito no ano passado – cerca de 11% – e o câmbio ficou depreciado, os ativos brasileiros tornaram-se atrativos para investidores estrangeiros, especialmente com a alta das commodities. (Com Reuters)