Reguladores da União Europeia (UE) determinaram a alguns bancos que examinem transações de todos os clientes russos e bielorrussos, incluindo residentes da UE, para garantir que não sejam usados para contornar sanções ocidentais contra Moscou.
As instruções dos supervisores do Banco Central Europeu (BCE) significam que dezenas de milhares de russos e bielorrussos residentes na UE enfrentam intensa vigilância, com bancos em alerta para grandes pagamentos e depósitos, bem como novos pedidos de crédito, disseram as fontes a par do tema.
Embora as sanções contra Moscou isentem pessoas que possuam autorizações de residência temporárias ou permanentes da UE, impõem algumas restrições ao acesso russos a serviços bancários, incluindo impedir que os bancos aceitem depósitos acima de 100 mil euros de cidadãos ou entidades russas.
A medida do BCE coloca até mesmo residentes da UE sob maior escrutínio e dificulta para eles operarem contas bancárias, com uma das fontes dizendo que alguns já estavam enfrentando restrições na Espanha.
O BCE verifica se os bancos que supervisiona “têm as medidas necessárias para cumprir as sanções”, inclusive em relação a transações e relacionamentos com clientes, mas não emitiu diretrizes além das regras da UE, disse um porta-voz do BCE.
Equipes de supervisão conjunta do banco central disseram aos bancos para reforçarem o controle dos residentes da UE também se eles vierem da Rússia ou de Belarus, disseram as fontes, de bancos e agências de vigilância.
Embora não seja papel do BCE policiar sanções, os supervisores temem que os bancos do bloco poderem incorrer em pesadas multas se seus clientes canalizarem dinheiro em nome de indivíduos sancionados.
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