Ibovespa abre em alta com trégua nos preços do petróleo

9 de março de 2022

O Ibovespa opera em alta de 0,55% na abertura do pregão de hoje (9), a 111.809 pontos, às 10h30, horário de Brasília. O índice segue o movimento de recuperação dos mercados globais após os preços do petróleo se afastarem das máximas e trazerem alívio momentâneo aos temores de inflação.

O petróleo Brent, que chegou a ser negociado próximo de US$ 140 o barril, ficou abaixo dos US$ 125 nesta manhã. O recuo parte da perspectiva que o embargo norte-americano às importações de petróleo russo pode não agravar a escassez da commodity.

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No cenário doméstico, as discussões sobre os preços dos combustíveis continuam.

“O tema gera muita preocupação para a equipe política do governo, e vem ganhando força internamente uma proposta de subsídio temporário para conter a alta dos preços”, comenta Lucas Carvalho, especialista em Renda Variável da Blue3. “Hoje, o ministro Paulo Guedes se reúne com Bolsonaro e outros líderes para discutir o tema.”

O clima otimista da sessão de hoje também é apoiado pelo discurso da porta-voz do ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, que afirmou que a Rússia não tem intenção de derrubar o governo da Ucrânia. Os comentários vieram após o presidente ucraniano dizer que havia perdido parte do interesse de ingressar na Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).

O dólar opera em queda de 0,69%, sendo negociado a R$ 5,0188 na venda, acompanhando a melhora no apetite por risco global.

Na Europa, os principais índices operam em alta, com alguns subindo mais de 5%. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse hoje que o bloco já comprou GNL (gás natural liquefeito) suficiente para ser independente das importações russas até o final do inverno.

A presidente também afirmou que as sanções contra a Rússia foram projetadas para causar o máximo impacto em Moscou, ao mesmo tempo em que causavam o menor dano possível às economias ocidentais.

Por volta das 10h30, o Stoxx 600 ganhava 3,06%; na Alemanha, o DAX subia 5,19%; na França, o CAC 40 operava em alta de 4,75%; na Itália, o FTSE MIB ganhava 5,12%; enquanto, no Reino Unido, o FTSE 100 avançava 1,66%.

Na Ásia, o mercado acionário chinês fechou em queda, influenciado pela alta do petróleo vista ontem (8). Os investidores temem que o rali das commodities tenha um impacto mais amplo na segunda maior economia do mundo.

As perdas também foram aprofundadas por conta das expectativas de que o governo lance mais medidas para conter a propagação da Covid-19, provavelmente prejudicando o crescimento do setor de consumo.

Por outro lado, a inflação ao produtor chinês desacelerou em fevereiro, segundo dados divulgados hoje. O Índice de Preços ao Produtor subiu 8,8% na comparação anual, ante avanço de 9,1% em janeiro. A expectativa em pesquisa da Reuters era de alta de 8,7%.

O Hang Seng, de Hong Kong, recuou 0,67%; e o BSE Sensex, de Mumbai, fechou o dia em alta de 2,29%. Já no Japão, o índice Nikkei perdeu 0,30%, enquanto o Shangai, na China continental, caiu 1,13%. (Com Reuters)