O Ibovespa opera em alta de 0,55% na abertura do pregão de hoje (9), a 111.809 pontos, às 10h30, horário de Brasília. O índice segue o movimento de recuperação dos mercados globais após os preços do petróleo se afastarem das máximas e trazerem alívio momentâneo aos temores de inflação.
O petróleo Brent, que chegou a ser negociado próximo de US$ 140 o barril, ficou abaixo dos US$ 125 nesta manhã. O recuo parte da perspectiva que o embargo norte-americano às importações de petróleo russo pode não agravar a escassez da commodity.
No cenário doméstico, as discussões sobre os preços dos combustíveis continuam.
“O tema gera muita preocupação para a equipe política do governo, e vem ganhando força internamente uma proposta de subsídio temporário para conter a alta dos preços”, comenta Lucas Carvalho, especialista em Renda Variável da Blue3. “Hoje, o ministro Paulo Guedes se reúne com Bolsonaro e outros líderes para discutir o tema.”
O clima otimista da sessão de hoje também é apoiado pelo discurso da porta-voz do ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, que afirmou que a Rússia não tem intenção de derrubar o governo da Ucrânia. Os comentários vieram após o presidente ucraniano dizer que havia perdido parte do interesse de ingressar na Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
Na Europa, os principais índices operam em alta, com alguns subindo mais de 5%. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse hoje que o bloco já comprou GNL (gás natural liquefeito) suficiente para ser independente das importações russas até o final do inverno.
A presidente também afirmou que as sanções contra a Rússia foram projetadas para causar o máximo impacto em Moscou, ao mesmo tempo em que causavam o menor dano possível às economias ocidentais.
Por volta das 10h30, o Stoxx 600 ganhava 3,06%; na Alemanha, o DAX subia 5,19%; na França, o CAC 40 operava em alta de 4,75%; na Itália, o FTSE MIB ganhava 5,12%; enquanto, no Reino Unido, o FTSE 100 avançava 1,66%.
As perdas também foram aprofundadas por conta das expectativas de que o governo lance mais medidas para conter a propagação da Covid-19, provavelmente prejudicando o crescimento do setor de consumo.
Por outro lado, a inflação ao produtor chinês desacelerou em fevereiro, segundo dados divulgados hoje. O Índice de Preços ao Produtor subiu 8,8% na comparação anual, ante avanço de 9,1% em janeiro. A expectativa em pesquisa da Reuters era de alta de 8,7%.
O Hang Seng, de Hong Kong, recuou 0,67%; e o BSE Sensex, de Mumbai, fechou o dia em alta de 2,29%. Já no Japão, o índice Nikkei perdeu 0,30%, enquanto o Shangai, na China continental, caiu 1,13%. (Com Reuters)