O Ibovespa opera em queda de 0,11% na abertura do pregão de hoje (7), a 114.351 pontos, às 10h40, horário de Brasília. O índice acompanha a tendência dos mercados internacionais, que caem em meio à perspectiva de um possível embargo dos Estados Unidos e países europeus ao petróleo russo.
“Estamos agora em discussões muito ativas com nossos parceiros europeus sobre a proibição da importação de petróleo russo para nossos países, e sobre como manter um fornecimento global estável de petróleo”, afirmou ontem (6) Antony Blinken, secretário do Estado dos Estados Unidos, em entrevista à NBC.
Os preços da commodity subiram para os níveis mais elevados desde 2008 nesta segunda-feira, atingindo US$ 139,13 o barril.
Melanie Joly, ministra das Relações Exteriores do Canadá, afirmou hoje que os países ocidentais anunciarão mais sanções contra a Rússia.
Os papéis da Petrobras (PETR3 e PETR4) recuam 1,14% e 1,05%, enquanto a Vale (VALE3) sobe 2,89%.
No cenário doméstico, investidores analisam os dados de crescimento da atividade de serviços do Brasil, que ganhou força em fevereiro em meio à demanda favorável com o recuo da pandemia e o avanço da vacinação contra a Covid-19.
O Boletim Focus desta segunda-feira mostrou que especialistas passaram a ver uma inflação mais alta em 2022, mas também uma melhora na atividade econômica. A estimativa de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) deste ano subiu a 0,42%, de 0,30% na semana passada; já a expectativa para a alta do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) chegou a 5,65%.
O dólar opera em queda de 0,66%, negociado a R$ 5,0441 na venda. A divisa reverte os ganhos vistos mais cedo e a disparada dos preços das commodities impulsiona as divisas de países exportadores.
Por volta das 10h40, o Stoxx 600 perdia 0,68%; na Alemanha, o DAX recuava 0,92%; na França, o CAC 40 operava em queda de 0,73%; na Itália, o FTSE MIB perdia 0,07%; enquanto, no Reino Unido, o FTSE 100 recuava 0,23%.
Já na Ásia, o mercado acionário chinês também fechou em queda e atingiu a mínima dos últimos 20 meses. Segundo dados divulgados hoje, o crescimento das exportações da China desacelerou no período entre janeiro e fevereiro.
Embora o resultado tenha superado as expectativas do mercado, a invasão da Ucrânia pela Rússia elevou a incerteza sobre o cenário para o comércio global neste ano.
Além disso, a China determinou uma meta de crescimento econômico acima do esperado para este ano no último sábado (5). Agora, o país espera um avanço de cerca de 5,5%, que segundo analistas será difícil de alcançar e exigirá mais medidas de suporte.
O Hang Seng, de Hong Kong, caiu 3,87%; o BSE Sensex, de Mumbai, fechou o dia em queda de 2,74%; no Japão, o índice Nikkei perdeu 2,94%, enquanto o Shangai, na China continental, recuou 2,17%. (Com Reuters)