Os dados fazem parte do Relatório de Gestão das Reservas Internacionais produzido anualmente pelo BC.
No encerramento de 2021, as reservas internacionais do Brasil totalizavam 362,20 bilhões de dólares, patamar levemente maior que o observado no final de 2020, de 355,62 bilhões de dólares.
A rentabilidade também é influenciada pelos níveis de juros. Em 2021 houve leve alta de juros nos Estados Unidos, fazendo com que os títulos que já estavam anteriormente sob gestão do BC se desvalorizassem.
Por outro lado, essa perda foi compensada por um resultado positivo nos investimentos em títulos indexados à inflação americana e títulos públicos chineses, além de ganhos com índice de ações dos Estados Unidos.
No encerramento do ano, desses movimentos relacionados a juros geraram resultado positivo de 0,2%.
No ano anterior, a rentabilidade havia ficado em 5,57%. O último resultado negativo foi registrado em 2015, quando o dado ficou no vermelho em 1,60%.
Em outra metodologia que mede a rentabilidade em reais, o resultado da reservas no ano passado foi de 6,72%, pior dado da série. O BC afirma, porém, que essa não é a melhor medida a ser usada.
“Como as reservas são aplicadas no mercado internacional, a apuração em reais incorpora a flutuação da taxa de câmbio entre o real e as outras moedas, o que dificulta a análise da rentabilidade em diferentes mercados”, disse.
A autoridade monetária afirmou ainda que houve redução do risco de mercado sobre as reservas em 2021, na comparação com o ano anterior. Medida que agrega componentes de juros e moedas aponta que o risco ficou em 2,1%, ante 2,7% em 2020.
“Isso se deve ao fato de, em 2020, ter havido grande choque de volatilidade entre março e maio, o que não ocorreu em 2021”, disse, ressaltando que o risco de liquidez também foi reduzido no período.