Outras submarcas da varejista também serão vendidas para quitar as dívidas da empresa, que já foi considerada a principal referência do luxo brasileiro.
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O primeiro casarão da Daslu ficava na Vila Nova Conceição, um dos bairros com metro quadrado mais caros de São Paulo. O negócio deu certo por mais de uma década. Em 2004, no auge da fama, entre 75% e 80% das pessoas que visitavam a loja não iam embora sem fazer uma compra, de acordo com um levantamento da Folha de S.Paulo realizado à época.
Ainda de acordo com as estimativas da Folha, o faturamento da empresa chegou a atingir mais de R$ 400 milhões no período.
Para expandir o negócio, a Daslu se mudou para uma nova unidade localizada na Marginal Pinheiros, onde hoje está o shopping JK Iguatemi. Na época, o investimento foi de R$ 200 milhões pelo terreno de mais de 60 mil metros quadrados. A empresa chegou a ter mais de mil funcionários.
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Tranchesi foi detida e indiciada pelo crime, além de ter sido processada por formação de quadrilha, falsificação de documentos e fraude em importações.
A empresária cumpriu a maior parte de sua pena em liberdade e continuou a atuar na marca, mesmo depois da venda para o Laep Investiments, do empresário Marcus Elias, que também controlava a Parmalat. A operação, concluída em 2011, movimentou R$ 65 milhões. Nessa época, a Daslu abriu sua primeira lo
Leilão
A organizadora da leilões Sodré Santoro foi selecionada pelo juiz responsável pelo caso da Daslu. Os lances já podem ser feitos de forma online.
“Existe um perito técnico que faz a avaliação da empresa para o leilão. Essa estimativa do valor funciona com uma avaliação de um imóvel. O perito leva em consideração o valor que essa marca já teve no passado e as variáveis do presente. Inicialmente, o montante estava em R$ 1,2 milhão, mas após um tempo foi atualizado pelo juiz para R$ 1,4 milhão”, explica Sidney Palharini Júnior, advogado da Sodré Santoro.
De acordo com ele, caso não haja nenhum interessado até o dia 11, serão abertas mais três oportunidades para lances. Na segunda tentativa, o valor pode cair até 50%, e na terceira o ofertante com o melhor lance leva os ativos, independentemente do valor da avaliação.
“Eu acho que é necessário fazer uma super curadoria, o que era um grande diferencial da Daslu. Era isso que eles vendiam. Então eu acho que esse mix é importante”, completa.
Carolina Lauro Sodré Santoro, também leiloeira da empresa, acredita que o marketing vai ser determinante. “Eu acho que é uma questão de marketing e de posicionamento. Se [o comprador] for um grupo grande e vier com o intuito de fazer a marca renascer, pode dar certo”, diz.
Para elas, o conceito de lojas multimarcas de luxo não existe no país e, se for bem explorado, pode voltar ao glamour do passado.