O Morgan Stanley divulgou hoje (14) uma queda menor do que a esperada no lucro do primeiro trimestre, à medida que as receitas com assessoria em negócios de fusões e aquisições (M&As) quase dobraram, ajudando a amortecer o impacto de uma redução na atividade no mercado de capitais.
O lucro do banco caiu para US$ 3,54 bilhões no trimestre, ou US$ 2,02 por ação, ante US$ 3,98 bilhões, ou US$ 2,19 por ação, um ano antes.
Analistas, em média, esperavam que o banco reportasse um lucro de US$ 1,68 por ação, segundo dados da Refinitiv.
O banco superou o rival Goldman Sachs na consultoria de fusões e aquisições, ainda que a invasão da Ucrânia pela Rússia tenha desestabilizado os mercados de ações e forçado as empresas a adiar transações e listagens na bolsa.
A receita com trading também se saiu melhor do que alguns analistas temiam, caindo apenas 6% no trimestre, para US$ 3,98 bilhões, em relação aos fortes números do ano passado.
De acordo com dados da Refinitiv, os volumes de negócios no mercado de ações caíram 80% no primeiro trimestre para Morgan Stanley e Goldman Sachs, os dois consultores financeiros mais dominantes em IPOs globalmente.
O banco também relatou um declínio acentuado na receita com assessoria de negócios em renda fixa, prejudicado por menores emissões de bonds.
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A receita líquida total caiu 6% no trimestre, para US$ 14,8 bilhões, mas superou as estimativas de US$ 14,27 bilhões.
O retorno sobre o patrimônio tangível, uma métrica de lucratividade observada de perto e que mede o quão bem um banco está usando o capital para gerar lucro, foi de 19,8% durante o trimestre. O número ficou bem acima da meta de dois anos do banco, entre 14% e 16%.
As despesas totais caíram para US$ 4,83 bilhões, de US$ 5,3 bilhões no mesmo período do ano anterior.