Mulheres empreendedoras falam sobre a importância da mãe em suas trajetórias

13 de abril de 2022
Imagem/Divulgação Ricco

Com trajetórias completamente diferentes, as personalidades contam sobre a importância dos ensinamentos que receberam em casa

A trajetória das empreendedoras Bianca Andrade, Isabela Matte, Bia Bottesi, Regianne Hade, Carima Orra, Bielo Pereira e Duda Riedel tem dois pontos em comum: o mundo digital e o incentivo de suas mães.

O grupo foi convidado a contar sobre suas relações com os investimentos e com os negócios no evento “Minas que Investem”, da Rico Investimentos, na última quinta-feira (7). Temas como controle financeiro, diversidade e superação nos investimentos foram alguns dos destaques.

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Para Bianca Andrade, influenciadora digital e dona da marca de cosméticos Boca Rosa, a forma de lidar com o dinheiro, que aprendeu com a sua mãe, foi fundamental para o seu sucesso.

“Gosto de lembrar que a minha relação com o dinheiro começou com a minha mãe. Mesmo morando em uma favela, ela conseguiu sustentar três filhos praticamente sozinha. Ela sempre me ensinou a guardar os meus R$ 50 e gastar menos do que eu ganho. Essa inteligência financeira me ajudou a chegar aqui”, diz ela.

Isabela Matte, que começou a empreender sua marca de roupas com 12 anos, conta que o exemplo de guardar dinheiro veio de casa. “Eu sempre fui uma pessoa muito controlada com dinheiro, já que em casa não tinha essa coisa de esbanjar”.

Hoje, com dois filhos, Matte conta que esses aprendizados foram essenciais para continuar crescendo como marca, mãe e influenciadora digital.

Carima Orra é empreendedora, palestrante e influenciadora digital brasileira e muçulmana, que usa suas redes para compartilhar sobre a religião e seus ensinamentos. O papel de sua mãe no crescimento de sua carreira foi de empoderamento, e não apenas financeiro.

“Minha mãe é empresária, cuida do financeiro e é a cabeça do negócio. Eu sempre a vi sair para trabalhar cedo e voltar tarde, mas isso nunca me deixou chateada. Eu percebia que aquilo tinha um significado maior, que ela amava o que fazia e eu sempre pensava: ‘Vou ser igual ela'”, conta.

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Para Bielo Pereira e Duda Riedel, a figura materna foi a força necessária para superar as adversidades da vida.

Riedel é jornalista e atriz, e descobriu que estava com leucemia pouco antes de lançar seu primeiro livro, com 24 anos. Ela já trabalhava com meios digitais, mas ainda não levava a carreira como sua ocupação principal. Com o baque da doença, ela recalculou a rota e, com apoio de sua mãe, lançou três livros de dentro do hospital e se tornou empreendedora.

“O tratamento de câncer é muito caro e eu sabia que precisava lutar pela minha vida, mas ainda era necessário me sustentar e ajudar a minha família, que abriu mão de tudo para estar ali comigo. Então, tive que aprender a investir em mim, na minha empresa e não só financeiramente, mas também na parte mental e física”, conta.

A jovem, que até então não entendia nada de finanças, precisou estudar para lidar com o dinheiro que estava entrando. “O irmão da minha amiga é analista financeiro e eu precisei recorrer a ele para começar a me aventurar nesse meio. Comprei diversos livros sobre o assunto e foi ali onde tudo começou”, diz Riedel.

Pereira também usou suas experiências de vida para transformar seu negócio. Ela fala sobre ativismo, anti-gordofobia e anti-racismo em suas redes sociais.

“Para conseguir investir da forma que eu quero hoje, seja em ações ou qualquer outra coisa, eu precisei pensar em cada centavo que gastei até aqui”, diz.

Para ela, sua mãe foi sua primeira investidora, apoiando em viagens para outros estados, compras de equipamentos e despesas eventuais. “Minha mãe nem sabia o que era Instagram e mesmo assim ficou do meu lado desde o começo”, conta.

Em geral, as convidadas investem de formas diferentes, mas todas afirmam que para chegar onde estão precisaram de três apoios: a figura materna, um objetivo claro e o muito conhecimento pessoal.

“Quando você tem nome para aquilo que você quer fazer com o seu investimento, os planos funcionam mais. Você se sente incentivada a continuar e chegar a algum lugar com aquela iniciativa”, diz Pereira.