Nesse cenário, o principal índice da bolsa brasileira se aproximaria de seu fechamento recorde de 130.776,27 pontos, alcançado em 7 de junho do ano passado. Ontem (1), o Ibovespa subia 1%, a 121.200,38 pontos, às 15h09.
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Por outro lado, ainda que os lucros projetados pelo mercado mostrem sinais claros de melhora e recuperação, a alta das taxas de juros reais seguem como fator negativo.
“Para ver um potencial de alta no valor justo do Ibovespa, precisaríamos de: estimativas de lucros de consenso subindo mais, e/ou expansão de múltiplos, que poderia vir de uma continuação do forte fluxo de capital externo, bem como de juros reais locais mais baixos”, segundo os analistas.
A XP destacou que, apesar da discrepância entre a disparada dos setores de commodities e bancos em 2022 e o avanço mais tímido de setores ligados à economia e consumo interno, “ainda achamos que é cedo para fazer uma migração total para os players domésticos”, diante de cenário macroeconômico desafiador.
Para os analistas, uma recessão causada por taxas mais altas do Federal Reserve, banco central norte-americano, que iniciou o ciclo de alta em março, “não seria necessariamente negativa” para o Brasil, já que em outros momentos de aperto monetário nos EUA as ações brasileiras superaram mercados globais. Eles também citaram que os preços das commodities devem continuar elevados.
A alta do Ibovespa em 2022, após tombo de 11,9% em 2021, é beneficiada por fatores incluindo a entrada de capital estrangeiro , valores de ações vistos como descontados e alta nos preços de commodities, segundo analistas.