Zona do euro enfrenta crescimento mais lento e preços mais altos com guerra, mostra pesquisa do BCE

15 de abril de 2022

Banco Central Europeu (BCE) É independente? Sim O Banco Central Europeu representa 19 países da União Europeia (UE), cuja moeda é o euro. A instituição visa a manutenção da estabilidade dos preços, além de manter a inflação em um nível baixo, próximo de 2%. O edifício principal do Banco fica localizado em Frankfurt, na Alemanha. De acordo com o BCE, a cada seis semanas, o Conselho analisa a evolução econômica e decide sobre a política monetária. O BCE é composto por seis membros da Comissão Executiva do Banco e 19 governadores dos Bancos Centrais nacionais dos países da área do euro. Os governadores dos países que ocupam os cinco primeiros lugares da lista - Alemanha, França, Itália, Espanha e Países Baixos – partilham quatro direitos de voto. Os demais países (14, desde a adesão da Lituânia à zona do euro em 1º de janeiro de 2015) partilham 11 direitos de voto. No último mês, a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, pediu que os países da zona do euro mantenham seus gastos fiscais elevados ao longo de 2021 para proteger o bloco dos danos permanentes causados pela pandemia de coronavírus. Ela ainda ressalta que a política fiscal continua sendo crucial após os governos gastarem muito para manter a atividade. Alguns países ainda aguardam um pacote de apoio de Є 750 bilhões da UE.

RalphOrlowsk/Getty Images

zona do euro enfrenta crescimento econômico mais lento e inflação mais alta à medida em que a invasão da Ucrânia pela Rússia eleva os custos

A economia da zona do euro enfrenta crescimento econômico mais lento e inflação mais alta à medida em que a invasão da Ucrânia pela Rússia eleva os custos, atrapalha o comércio e atinge a confiança, mostrou uma pesquisa do BCE (Banco Central Europeu) com economistas hoje.

Analistas consultados pelo BCE colocaram a projeção de inflação em 6% este ano, duas vezes mais alta do que o previsto há apenas dois meses, e a viram ficar um pouco acima da meta de 2% do BCE no longo prazo.

“Em relação às perspectivas de curto prazo, os entrevistados consideraram a alta inflação como sendo determinada principalmente por fatores de custo em vez de demanda, e consideraram que o conflito na Ucrânia havia reacendido e amplificado as pressões de preços”, disse o BCE em um comunicado à imprensa.

O crescimento foi visto com uma desaceleração para 2,9% este ano, de 4,2% na pesquisa anterior, e o BCE disse que “quase todos” os entrevistados atribuíram suas revisões para baixo às repercussões da invasão russa à Ucrânia.

“Além dos preços mais altos das commodities de energia e alimentos, interrupções em alguns setores e as sanções impostas, os economistas observaram que a situação resultou em quedas na confiança de empresas e consumidores e perda de poder de compra para as famílias”, acrescentou o BCE.