O bitcoin, a maior criptomoeda do mundo, caiu para 25.401 dólares na quinta-feira, menor valor desde dezembro de 2020 e bem abaixo do recorde de 69 mil dólares atingido em novembro.
Os tokens menores também foram atingidos, com o ether, o segundo maior token, caindo mais de 15% para o menor nível desde junho. O luna – uma moeda digital amplamente divulgada nas mídias sociais e apoiada por investidores institucionais de criptomoedas – perdeu quase todo o seu valor.
Movimento emblemático do risco das criptomoedas foi o colapso na semana passada da TerraUSD, uma stablecoin projetada para manter um valor constante por meio de um algoritmo complexo que envolve o token digital luna.
Quando as moedas sofreram forte pressão de venda, o sistema quebrou. A TerraUSD –projetada para manter o valor de 1 dólar– foi negociada em torno de 9 centavos na terça-feira, enquanto o luna caiu para quase zero, com base nos dados do CoinGecko.
A queda do luna eliminou a maior parte de seu valor de mercado, que estava acima de 40 bilhões de dólares no início de abril, mostram dados da CoinGecko.
No entanto, o crash mais recente da criptomoeda –que levou o valor combinado do setor para 1,2 trilhão de dólares, menos da metade de onde estava em novembro passado– levou ao esmagamento do luna, que em 1º de maio era a oitava maior criptomoeda por capitalização de mercado.
As criptomoedas estão sujeitas a regulamentações irregulares em todo o mundo, com comerciantes de bitcoin e de uma variedade de tokens menores normalmente desprotegidos contra quedas de preços.
Mas é difícil avaliar a escala da dor dos investidores de varejo com a queda das criptomoedas e as repercussões no apetite futuro, dada a natureza pouco transparente do mercado.
Os reguladores permanecem em alerta. O governo britânico disse no mês passado que regulará as stablecoins. A Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos está endurecendo sua posição. Gary Gensler, presidente da SEC, disse esta semana que os investidores em criptomoedas precisam de mais proteção.