SÃO PAULO (Reuters) – Uma receita extraordinária de 5,3 bilhões de reais na concessão do sistema rodoviário AutoBan impulsionou as principais linhas de resultado da CCR no primeiro trimestre, embora a concessionária de infraestrutura também tenha tido robusto crescimento de suas receitas recorrentes no período.
A CCR anunciou nesta quinta-feira que o lucro de janeiro a março subiu 5 vezes na comparação com igual etapa de 2021, para 3,45 bilhões de reais. Em termos ajustados, a empresa teve prejuízo de 89,3 milhões ante lucro de 204 milhões um ano antes.
Na base recorrente, a receita líquida da companhia teve crescimento de 29,8%, para 2,39 bilhões de reais. Em termos líquidos, a receita deu um salto de 133%, a 8 bilhões de reais.
O contrato de reequilíbrio permite que a CCR administre por mais 10 anos o Sistema AutoBan, que inclui as rodovias Anhanguera e Bandeirantes, ambas no Estado de São Paulo, até 2037.
Para ajustar os resultados do primeiro trimestre, a empresa excluiu os números da Rodonorte, concessão no Paraná vencida em novembro, assim como os da entrada de novos negócios, como as linhas 8 e 9 do metrô de São Paulo.
Os destaques no período para a CCR foram o setor de aeroportos, com aumento de 81,8% no tráfego de passageiros, enquanto o de mobilidade avançou 39,7%. A movimentação de veículos nas rodovias administradas pela CCR cresceu 6,2%.
“Essa tendência de recuperação foi acelerada desde então”, disse a gerente de relações com investidores da CCR, Flavia Godoy, à Reuters.
INTERNACIONAL
“Continuamos com nossas operações internacionais mas, devido ao forte pipeline de oportunidades aqui, vamos focar em novos negócios no Brasil”, disse ela.
Votorantim e Itaúsa acertaram em março a compra da fatia da Andrade Gutierrez na CCR por 4,1 bilhões reais.