A tecnologia, que ainda está se desenvolvendo no Brasil por meio de plataformas especializadas, funciona por meio de uma programação, que pode ser feita pelo próprio investidor ou pela empresa selecionada para gerir seus dinheiro.
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Além das estratégias mais básicas pré-definidas pela plataforma, focadas nos investidores com menos experiência, existem as mais complexas, que exigem conhecimento da movimentação dos ativos e suas particularidades –elas possibilitam que os investidores criem suas próprias métricas.
O médico Sergio Moura, de 35 anos, faz parte da primeira categoria. Sempre muito interessado pelo mundo dos investimentos, ele se restringia a operações simples de swing trade, também por causa do fato de sua profissão não permitir que ele acompanhasse o mercado em tempo integral.
“Com a necessidade de diversificar o meu portfólio, surgiu a demanda por uma plataforma de trading automatizada”, conta Moura.
Além das vantagens citadas por ele, Paulo Gomide, CEO da Smarttbot, empresa de inteligência digital para investimentos, afirma que o sistema oferece maior precisão, mais velocidade nas operações e retira o fator humano, que atrapalha o processo.
“Além da economia de tempo, a padronização e a facilidade de mensuração e manutenção, no caso específico de investimentos o principal benefício é o controle emocional, uma vez que um robô será sempre fiel à estratégia traçada. Ele não é influenciado por questões sentimentais”, explica.
Para ele, esse é um fator muito importante, já que as emoções, principalmente as inconscientes, são inimigas dos investidores.
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Apesar das características positivas, os CEOs apontam que os investidores devem ter alguns cuidados. O primeiro é entender qual é o objetivo do investimento e qual é o risco que se está disposto a correr para atingir essa meta.
A escolha da instituição e do provedor de algoritmos é o segundo ponto levantado tanto por Bazilio, quanto por Gomide. De acordo com eles, atualmente existe um alto nível de exigência dos órgãos reguladores com relação à prestação desses serviços por parte das corretoras, o que facilita na hora da escolha.
“Com a perspectiva de declínio da carreira médica nos próximos anos, tenho me dedicado cada vez mais ao algotrading com robôs, tanto que criei uma comunidade para discussão e compartilhamento de experiências”, conta o médico.
Na visão de Bazilio, um exemplo claro da popularização das plataformas é a utilização em operações de minicontratos de índice e dólar. “A utilização dos robôs é muito forte nos investimentos institucionais e a tendência é se tornar cada vez mais popular entre os investidores pessoa física”, diz o CEO da BRK.