As ações da Hypera avançavam cerca de 7% na manhã de hoje (1º), após a farmacêutica anunciar na noite de ontem que fechou um acordo de leniência com a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Advocacia Geral da União (AGU), o que era longamente aguardado pelo mercado.
O acordo – relacionado a investigações envolvendo “pagamentos irregulares” feitos por ex-executivos – prevê um pagamento de R$ 110 milhões, mas que será integralmente coberto pelo acionista fundador da empresa João Alves de Queiroz Filho. A Hypera também deverá cumprir com um programa de integridade de 18 meses.
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Na máxima até o momento, as ações chegaram a R$ 41,60, máxima histórica intradiária. Por volta das 11h01, os papéis tinham elevação de 6,73%, a R$ 41,41.
Analistas do JPMorgan afirmaram que o anúncio é positivo e que era muito esperado. “No geral, acreditamos que isso deve ser lido de forma positiva pelo mercado e saudamos particularmente a notícia, visto que o foco agora está mudando para as boas tendências operacionais”, afirmaram em relatório a clientes.
Com o acordo, a equipe do banco ressaltou que a companhia resolve uma questão de longo prazo do lado de governança e afasta temores sobre mudanças e impactos acerca de benefícios e incentivos fiscais.
Os analistas destacaram ainda que a multa ficou bem abaixo do que eles estimavam – cerca de R$ 250 milhões.
Para a equipe do Citi, “é importante ressaltar que a multa de leniência será integralmente paga pelo acionista de referência da empresa, sem impacto no caixa da companhia…e não terá implicações nas operações da empresa, e no enquadramento fiscal e regulatório”, escreveram em relatório a clientes.
“Além disso, a empresa reiterou que não se beneficiou dos ‘atos lesivos’ do passado e que suas ações não geraram nenhum dano aos órgãos públicos”, afirmaram os analistas do Citi. Eles estimavam uma multa da ordem de R$ 480 milhões.
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