Ibovespa volta cair e retorna aos 99 mil pontos

29 de junho de 2022

Apesar de ter iniciado a sessão de hoje (29) em alta, o Ibovespa não seguiu o patamar positivo e fechou em queda de 0,96%, aos 99.622 pontos, se afastando dos 101 mil pontos da abertura.

Investidores seguem apreensivos com o risco fiscal, acompanhando o substitutivo da PEC (proposta de emenda à Constituição) dos Combustíveis. O projeto prevê um impacto total de R$ 38,75 bilhões no Orçamento, incluindo os aumentos dos valores do Auxílio Brasil e Auxílio Gás.

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Entre os indicadores da agenda econômica, ficou no radar o IGP-M (Índice Geral de Preços-Mercado), que registrou avanço de 0,59% neste mês, após alta de 0,52% em maio, com a maior pressão no varejo compensando a alta mais fraca no atacado.

Pesou sobre o Ibovespa a queda das ações da Qualicorp (QUAL3), que caíram 8,38%. Entre as maiores perdas do dia também aparecem os papéis de CVC (CVCB3), Positivo (POSI3), Marfrig (MRFG3) e Minerva (BEEF3), com recuos de 6,36%, 5,52%, 5,10% e 4,51%, respectivamente.

Do lado oposto, as maiores altas ficaram para as ações de MRV (MRVE3), SLC Agrícola (SLCE3), Rede D’or (RDOR3), SulAmérica (SULA11) e Cyrela (CYRE3), que registraram valorizações de 3,41%, 2,86%, 2,83%, 1,72% e 1,63%, respectivamente.

Cenário internacional

O principal índice da Bolsa brasileira seguiu o desempenho de Wall Street. Por lá, os mercados encerrarem o dia majoritariamente em queda, com exceção do Dow Jones, após o PIB (Produto Interno Bruto) dos Estados Unidos vir abaixo do esperado.

S&P 500 e Nasdaq desvalorizaram 0,07% e 0,03%, respectivamente. Por outro lado, o Dow Jones se manteve firme e finalizou o dia em alta de 0,27%, aos 31.029 pontos.

O PIB norte-americano caiu a uma taxa anualizada de 1,6% no primeiro trimestre, em dado revisado para baixo em relação ao ritmo de queda de 1,5% relatado anteriormente.

Em meio a temores globais, o chair do Federal Reserve, Jerome Powell, disse durante um evento no Banco Central Europeu que existe o risco de que o aumento dos juros dos EUA desacelere demais a economia, mas que “o maior risco é uma inflação persistente que comece a deixar as expectativas públicas sobre os preços avançarem”.

O dólar comercial recuou 1,39% na sessão de hoje, e encerrou o dia cotado a R$ 5,19.

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