O avanço quase amplo nas encomendas relatado pelo Departamento de Comércio dos EUA hoje (27) ocorreu apesar da deterioração do sentimento empresarial e do consumidor, bem como da intensificação de temores de uma recessão. Os ganhos refletiram, em parte, preços mais altos. O banco central norte-americano vem apertando agressivamente a política monetária para conter a inflação.
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Essas encomendas tiveram alta de 10,2% na base anual em maio. O avanço do mês passado refletiu um aumento de 1,1% nos pedidos de máquinas. Houve também forte demanda por metais primários, bem como computadores e produtos eletrônicos. Mas as encomendas de equipamentos elétricos, eletrodomésticos e componentes caíram 0,9%, enquanto a demanda por produtos metálicos fabricados permaneceu inalterada.
O aumento acima do esperado no núcleo das encomendas de bens de capital destacou a força subjacente na manufatura, que equivale a 12% da economia, apesar de pesquisas fracas sobre a indústria.
Uma sondagem da S&P Global na semana passada mostrou que a confiança das empresas caiu em junho para o nível mais baixo desde setembro de 2020.
Envios fortes
Os embarques do núcleo de bens de capital aumentaram 0,8% no mês passado, igualando o ganho de abril. As remessas são usadas para calcular os gastos com equipamentos na medição do Produto Interno Bruto. Apesar de algum impulso dos preços mais altos, os embarques ainda mostraram força após o ajuste pela inflação.
As encomendas de bens duráveis, itens que vão de torradeiras a aeronaves e que devem durar três anos ou mais, avançaram 0,7% em maio, após alta de 0,4% em abril. Elas foram impulsionados por um ganho de 0,8% nas encomendas de equipamentos de transporte, que seguiu um aumento de 0,7% em abril.
Os embarques de bens duráveis subiram 1,3% no mês passado, após alta de 0,3% em abril. As encomendas de bens duráveis não atendidas avançaram 0,3% e os estoques tiveram alta de 0,6%.