Com base nos dados divulgados nos dias anteriores à sessão, “os participantes concordaram… que as perspectivas de inflação de curto prazo se deterioraram desde o momento da reunião de maio”, afirma a ata, justificando o aumento de 0,75 ponto percentual nos juros e um movimento para uma política monetária “restritiva”.
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O resultado foi o primeiro aumento de 0,75 ponto percentual nos juros desde 1994 e a promessa de mais por vir, com os participantes julgando que um aumento de 50 ou 75 pontos-base provavelmente será apropriado na reunião de política do fim deste mês.
Em uma demonstração de unanimidade que apagou as típicas divisões entre “falcões” (mais conservadores sobre a inflação) e “pombas” (mais preocupados com o crescimento econômico), o grupo observou a necessidade de montar uma campanha de comunicação pública que não deixasse dúvidas de que eles estavam “fortemente comprometidos” em vencer a guerra inflacionária.
Desde então, o presidente do Fed, Jerome Powell, ampliou sua própria retórica, declarando na semana passada que havia um “relógio correndo” no Fed para mostrar que o banco poderia domar os preços antes que a psicologia do público começasse a mudar.
A ata não mencionou o risco de recessão e, de fato, as autoridades do Fed disseram acreditar que os dados mostraram que o PIB dos EUA “estava se expandindo no trimestre atual”, com o mercado de trabalho ainda apertado.
Mas eles reconheceram que os riscos eram para pior, em particular de que a política monetária do Fed poderia ter um impacto maior do que o previsto.
“Os participantes concordaram que as perspectivas econômicas justificam a mudança para uma postura restritiva da política monetária e reconheceram a possibilidade de uma postura ainda mais restritiva ser apropriada se as pressões inflacionárias elevadas persistirem”, disse a ata.
Menos de um ano atrás, as autoridades ainda estavam prometendo manter as torneiras de dinheiro barato bem abertas –com a taxa das Fed funds perto de zero e US$ 120 bilhões em compras mensais de títulos despejando liquidez no sistema– até que houvesse “progresso substancial” no mercado de trabalho e a inflação estivesse “moderadamente no caminho certo” para exceder a meta de 2% do Fed “por algum tempo”.
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