Foram criadas 372 mil vagas de trabalho nos Estados Unidos em junho, número muito maior do que o esperado que impulsinou o emprego privado de volta ao nível pré-pandemia e manteve a taxa de desemprego no patamar ultrabaixo de 3,6%.
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Embora isso provavelmente deva esfriar especulações sobre uma recessão iminente, pode alimentar a incerteza sobre se o Fed precisará se tornar mais agressivo no uso de taxas de juros mais altas para esfriar a economia e reduzir a inflação ao consumidor, que, em mais de 8%, está nos níveis mais altos em 40 anos.
“Apoio totalmente um movimento de 75 pontos-base” na reunião de julho do banco central, disse o presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, à CNBC. “Este relatório (de emprego) apenas reafirma que a economia está forte e que ainda há muito impulso no mercado de trabalho, e isso é uma coisa boa.”
Mas, combinada com a inflação “nas alturas”, é essa mesma força que ajuda a justificar mais –e agressivos– aumentos de juros.
Várias autoridades do Fed já endossaram um aumento de juros de 0,75 ponto percentual no encontro de política monetária de julho, mas deixaram em aberto o uso de mais incrementos intensos caso a inflação não mostre arrefecimento claro.
Operadores elevaram as apostas num aumento agressivo de juros pelo Fed após o relatório de emprego, com os contratos futuros atrelados à taxa básica do banco central mostrando até mesmo uma pequena chance de o Fed adotar elevação de 1 ponto percentual em julho.
Os contratos futuros dos juros agora refletem visão de que a taxa básica do Fed estará numa faixa de 3,5% a 3,75% até o fim do ano, intervalo que ficaria acima do que os próprios formuladores de política monetária do banco previram apenas três semanas atrás.