Ibovespa cai 2% e volta aos 98 mil pontos sob pessimismo global

11 de julho de 2022

Em um dia marcado pela aversão a risco em mercados de todo o mundo, o Ibovespa encerrou a sessão de hoje (11) em queda de 2,07%, aos 98.212 pontos. O principal índice brasileiro seguiu o desempenho negativo dos mercados europeu e norte-americano com investidores à espera dos dados de inflação dos Estados Unidos.

O Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) de junho será divulgado na próxima quarta-feira (13) e, segundo o consenso Refinitv, deve mostrar uma aceleração de 1,1% na escalada da inflação dos Estados Unidos.

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O avanço dos preços e os fortes dados do mercado de trabalho americano, divulgados na última sexta-feira (8), alimentam as expectativas de que haja mais um aperto monetário pelo Federal Reserve, o banco central dos EUA.

“Muito se discute sobre o que vai acontecer com os dados dos Estados Unidos, que sofre com a maior inflação em 40 anos. Há tempos não se fala de uma alta de taxa de juros com magnitude tão alta”, diz Davi Lelis, economista e sócio da Valor Investimentos.

As preocupações com uma potencial desaceleração econômica global seguem impactando os negócios. Em Wall Street, o Nasdaq cedeu 0,52%, a 31.173 pontos. O S&P 500 e o Dow Jones caíram 1,15% e 2,26%, a 3.854 e 11.372 pontos, respectivamente.

O dólar comercial teve alta de 1,95% frente ao real e encerrou o dia negociado a R$ 5,3705.

As negociações desta semana serão pautadas pela divulgação de indicadores importantes, além dos balanços de bancos norte-americanos como JPMorgan, Citigroup e Morgan Stanley. Os investidores também acompanham com cautela a evolução dos casos de Covid-19 na China.

Com esse cenário externo causando temores, o Ibovespa viu apenas 8 ações encerrarem o pregão no campo positivo. Entre as que ignoraram o mau humor global, estão os papéis de Telefônica Brasil (VIVT3), PetroRio (PRIO3), Assaí (ASAI3) e Magazine Luiza (MGLU3), com altas de 0,80%, 0,74% e 0,46%, respectivamente.

Do lado negativo, se destacaram as ações Gol (GOLL4), Méliuz (CASH3), Azul (AZUL4), B3 ( B3SA3) e Dexco (DXCO3), com quedas de 11,79%, 8%, 7,55%, 5,86% e 5,64%. A desvalorização da Gol Linhas Aéreas ocorre após a empresa informar que prevê um prejuízo de aproximadamente R$ 1,80 por ação para o segundo trimestre.

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